Luanda - Os deputados do PRA-JA Servir Angola, eleitos pela lista da UNITA nas eleições de 2022, poderão abandonar a Assembleia Nacional (AN), para integrar os órgãos directivos desta formação política, legalizada recentemente pelo Tribunal Constitucional.
A informação foi avançada esta sexta-feira, em conferência de imprensa, pelo coordenador do PRA-JA Servir Angola, Abel Chivukuvuku, salientando que "não se pode ser deputado na lista de um determinado partido e ser dirigente de outro partido, é ilegal".
Esclareceu que os dirigentes do PRA-JA Servir Angola que optarem em continuar no Parlamento, depois da realização do I Congresso Ordinário do partido, agendado para o I trimestre de 2025, não farão parte dos órgãos directivos do partido.
"Quem quiser ficar lá, fica, é legítimo e é um direito, só não pode ser dirigente do PRA-JA, se quiser ser dirigente, tem que cumprir a lei e sair", aclarou.
Abel Chivukuvuku revelou que brevemente vai anunciar a suspensão do seu mandato no Parlamento, para se dedicar exclusivamente às actividades do seu partido e da Frente Patriótica Unida (FPU).
Nas eleições de 2022, o PRA-JA Servir Angola, na lista da UNITA, recebeu 15 deputados e, destes, dois decidiram enquadrar-se definitivamente nas fileiras do principal partido da oposição (UNITA).
Abel Chivukuvuku fez saber que o PRA-JA Servir Angola continua ligado à Frente Patriótica Unida (FPU), coordenada pelo presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior.
"Nós somos o PRA-JA, hoje partido político, mas também somos a Frente Patriótica Unida. Repetimos que a nossa agenda é manter, reforçar, reformular e alargar a Frente Patriótica Unida", assinalou.
Segundo o político, em 2027 o PRA-JA Servir Angola pretende ser governo ou parte do Governo com os seus parceiros da Frente Patriótica Unida.
O PRA-JA Servir Angola é o segundo partido legalizado este ano, depois do Partido Iniciativa de Cidadania para o Desenvolvimento de Angola, passando o panorama político angolano a contar com 13 formações políticas.DC/ART