Luanda – O ministro da Cultura, Ambiente e Turismo, Filipe Zau, defendeu hoje, sexta-feira, maior protecção das nascentes dos rios Cunene e Cuanza, ambas nas província do Huambo e do Bié, respectivamente, para garantir água de qualidade e quantidade no seu percurso.
Filipe Zau prestava esclarecimentos à imprensa sobre o estado de protecção e conservação das nascentes dos rios Cunene e Cuanza, no final da 6ª reunião do Conselho Nacional de Águas, orientada pelo Vice-presidente da República, Bornito de Sousa.
Informou terem sido detectados actos de remoção de terra junto das nascentes, que podem provocar desvios da corrente natural dos rios, com implicação na qualidade e quantidade do líquido para as populações, o que pode afectar a saúde pública.
Falou da necessidade de se reverem algumas licenças atribuídas à empresas, por removerem terras anarquicamente para explorar mineiros, como o ouro.
O ministro disse estar prevista a promoção de acções de educação e sensibilização das populações, para evitar que defequem junto das fontes de água e afectem a qualidade do líquido, com repercussões negativas nos lençóis freáticos e à saúde pública das populações ao longo do curso dos rios.
Filipe Zau considerou a educação ambiental como uma questão de consciência cívica e defesa do bem comum, visando uma convivência melhor e o desenvolvimento sustentável e aceitável.
O governante informou estar em curso um projecto de dessalinação da água do mar, tornando-a potável, ao longo da costa angolana.
Adiantou que o processo iniciou na Ilha do Mussulo (Luanda), com a colaboração de universidades públicas e privadas.
Filipe Zau afirmou haver estudos para transformar o plástico em combustíveis, promovendo energia limpa.