Ramiros – O julgamento de 22 jovens acusados de vandalização e queima de bens públicos, incluindo o Comité do partido MPLA no Benfica, iniciou esta terça-feira, no Tribunal da Comarca de Belas, em Luanda.
Dos 22 acusados dos crimes ocorridos no dia 10 de Janeiro de 2022, oito cumprem prisão preventiva e 14 encontram-se em liberdade.
Os réus estão implicados em 11 crimes, entre os quais de desobediência à ordem de dispersão de ajuntamentos, instigação pública ao crime de atentado contra a segurança dos transportes públicos, ameaça e furto qualificado.
O julgamento decorre na 14ª secção da sala de crimes comuns daquele tribunal, tendo o advogado de acusação, Avelino Pedro, declarado à imprensa que espera que se julgue e condene os réus em função das provas existentes.
Por sua vez, o representante dos advogados de defesa, Gelson Bunga, pediu a anulação do julgamento e a restituição dos acusados à liberdade, por alegada inexistência de provas e excesso de prisão preventiva.
Durante a vandalização e queima do comité do MPLA, foram roubadas 16 motorizadas, 20 computadores portáteis, mais de 20 de mesa, um gerador semi-industrial e 12 aparelhos de ar condicionado.
No mesmo dia, um autocarro do Ministério da Saúde, que circulava nas imediações, também foi vandalizado e queimado.
Os danos estão avaliados em 93 milhões 892 mil 55 kwanzas e 52 cêntimos.