Luanda – O presidente do Órgão de Política de Defesa e Cooperação em Segurança da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), Hage Gottfried Geingob, congratulou-se com o progresso alcançado para silenciar as armas na região.
O também Presidente da Namíbia afirmou que os avanços alcançados, como parte da Agenda 2063 “A África que Queremos” requerem um maior empenho deste órgão da SADC, na promoção e reforço da paz e segurança na região.
O Estadista falava na reunião de cúpula da troika, com a participação de homólogos da África do Sul, Cyril Ramaphosa, e da Zâmbia, Hakainde Hichilema, para avaliar questões de paz e segurança na região austral do continente africano.
O encontro antecede a 43ª cimeira de Chefes de Estado e de Governo da SADC, a realizar-se na quinta-feira, na capital angolana (Luanda).
Hage Geingo falou do desempenho da organização em deliberar e tomar decisões sobre a situação de segurança prevalecente nas repúblicas Democrática do Congo e de Moçambique, afectadas pela insegurança devido à presença de grupos armados e terroristas.
O Estadista namibiano valorizou a realização da cimeira entre quatro blocos económicos do continente, realizada em Luanda, no dia 27 de Junho de 2023, numa parceria com a União Africana, que visou a harmonização e coordenação de intervenções para a paz no Leste da RDC.
Declarou que “sem paz, não há desenvolvimento e sem desenvolvimento, não há paz”.
Por isso, exortou para a necessidade de unidade, com a firme convicção de que a segurança e a paz são pré-condições necessárias e facilitadoras essenciais da integração e desenvolvimento regional.
Durante o encontro da cúpula da Troika, realizado a portas fechadas, os Presidentes das repúblicas de Moçambique, Filipe Nhiussi, e Democrática do Congo, Félix Tshikedi, prestaram informações sobre a situação nos respectivos países.
Na ocasião, o secretário executivo da SADC, Elias Magosi, considerou encorajador o clima estável e pacífico na região, em geral.
Referiu que ainda persistem os desafios de segurança na parte oriental da RDC, que exigem o monitoramento e intervenções contínuas por parte da região.
Sobre Moçambique, Elias Magosi relatou que a situação melhorou significativamente, com a restauração de áreas anteriormente ocupadas por terroristas e retorno seguro de deslocados aos seus locais de origem.
Garantiu que a região continuará em Moçambique para assegurar a sustentabilidade dos ganhos obtidos, bem como para apoiar o Governo a assumir um papel cada vez maior na apropriação e gestão plena do processo. JFS/OHA/ADR