Ndalatando - O julgamento da ex-administradora municipal do Golungo Alto, Teresa Francisco da Costa, acusada de crimes económicos, inicia esta terça-feira, no Tribunal Provincial do Cuanza Norte.
Em prisão preventiva, desde Dezembro de 2020, Teresa da Costa é indiciada, pela Procuradoria-Geral da República (PGR), dos crimes de peculato, falsificação de documentos e violação de normas de execução do plano do orçamento.
A PGR acusa ainda a ex-responsável, arrolada no processo número 86/21-C, de associação criminosa, tráfico de influência e participação económica em negócios.
De acordo com uma nota do tribunal, as sessões de julgamento vão decorrer, de 22 a 25 deste mês, no Tribunal da Comarca de Cazengo.
Teresa da Costa foi constituída arguida num processo-crime, que inclui os filhos Graciete Francisco da Costa Júnior, Nelson Francisco da Costa e Agnelo Francisco da Costa, este último, que à altura dos factos, ocupava o cargo de director municipal do Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatística (GEPE), na administração municipal do Golungo Alto.
Foi também constituído arguido, no mesmo processo, o ex-administrador municipal adjunto do Bolongongo, Norberto Capemba da Silva, bem como um outro cidadão, identificado por Anastácio António Zuica.
A PGR, em nota enviada à ANGOP, aquando da sua detenção, referia que a ex-administradora, que dirigiu o município do Golungo Alto durante cinco anos, em conluio com os filhos e Norberto da Silva, procedeu ao pagamento de despesas que nunca chegaram a ser executadas.
Além de Teresa da Costa, foram constituídos arguidos e detidos no Cuanza Norte os ex-administradores municipais do Lucala, Bolongongo e Ngonguembo, respectivamente José Teixeira da Conceição, Miguel Gaspar e Daniel Manuel Domingos, cujos julgamentos estão para breve.
Dados da PGR avançam que, no âmbito do combate à corrupção e dos crimes de branqueamento de capitais, estão indiciados 20 ex-gestores públicos na província do Cuanza Norte.
Avança ainda que as autoridades da província registaram, em 2020, perdas estimadas em Kz 500 milhões, em bens patrimoniais e valores monetários, decorrentes de crimes de corrupção que estão a ser investigados pela PGR.