Lubango – A Procuradoria-Geral da República (PGR), na província da Huíla, alterou, segunda-feira, a medida de prisão preventiva para termo de identidade e residência aplicada ao chefe do departamento local de Saúde Pública e Controlo de Endemias, Hélio Chiangalala., detido sábado, por venda de testes rápidos negativos da Covid-19.
Hélio Chiangalala e mais dois responsáveis da direcção da Saúde, no município do Lubango, foram detidos sábado, por venda de testes rápidos negativos da Covid-19.
O procurador da República junto do Serviço de Investigação Criminal (SIC) na Huíla, Dorivaldo Domingos, disse que após audição e pagamento de fiança, os arguidos, acusados de associação criminosa, falsificação de documentos e corrupção passiva, foram postos em liberdade.
O magistrado, que falava terça-feira à imprensa, informou que além do Termo de Identidade e Residência, os arguidos estão proibidos de sair do município e obrigados a se apresentarem periodicamente ao Ministério Público.
“Neste momento, o processo segue os trâmites legais, sendo que os arguidos deverão responder em liberdade, enquanto decorre a fase de instrução preparatória”, acrescentou Dorivaldo Domingos.
Por sua vez, o porta-voz do departamento local de Saúde Pública e Controlo de Endemias, Jeremias Kayeye, admitiu que os testes são provenientes da instituição, fornecidos aos técnicos para fazerem a testagem dos passageiros, no Aeroporto Internacional da Mukanka.
Esclareceu que os testes feitos não são falsos, mas o “erro” dos técnicos foi passar os comprovativos nas pessoas como se tivessem realizado a testagem, um procedimento errado e considerado ilegal.
Fez saber que no Lubango realizam-se os testes no Aeroporto Internacional da Mukanka e no Centro de Tratamento da Cólera, junto do Hospital Sanatório, a viajantes.
A província da Huíla tem 356 casos confirmados de Covid-19, dos quais 112 activos, nove óbitos e 235 recuperados.