Solwezi (Do enviado especial) - Os empresários da Zâmbia, do Malawi e da Tanzânia estão interessados na utilização do Corredor do Lobito como porta para a promoção do comércio internacional, informou, esta quarta-feira, o embaixador de Angola na Zâmbia, Albino Malungo.
Em declarações à imprensa angolana à margem da II Reunião de Cooperação Regional e Intercâmbio Cultural entre as administrações provinciais do Noroeste da Zâmbia e do Moxico-Angola, Albino Malungo informou haver um “enorme” interesse de investidores para utilizar essa rota que vai ligar o oceano Atlântico ao Índico.
O embaixador disse que, no quadro da diplomacia económica, tem se desenvolvido um trabalho para se dar a conhecer a importância estratégica do Corredor do Lobito na facilitação das transações comerciais internacional.
O diplomata informou que tem mantido um diálogo claro com os empresários da Zâmbia e até de angolanos, dado o facto de o Corretor do Lobito tornar Angola num "país mais internacional", pois por essa via os produtos chegarão até ao Índico por ser um dos eixos próximos.
“É um tema principal e que é mais solicitado ao embaixador”, disse, a propósito das solicitações e interesse que vai recebendo dos empresários da Zâmbia, Tanzânia, Malawi, sobre o Corredor de Lobito.
O Corredor do Lobito, caracterizado pelo Caminho de ferro de Benguela (CFB), além do Porto do Lobito, liga o sul da República Democrática do Congo e o noroeste da Zâmbia aos mercados comerciais regionais e globais através do Porto do Lobito, em Angola, estendendo-se, por quase 1.300 km passando pelas províncias de Benguela, Huambo, Bié e Moxico.
Do Moxixo, que alberga a última estação, a via férrea do Corredor do Lobito continua depois por 400 km na República Democrática do Congo até Solwezi, o coração do Copperbelt, na Zâmbia, estando igualmente ligado à extensa rede ferroviária administrada pela Sociedade Ferroviária Nacional do Congo (SNCC), que liga a cidade da Beira e dar-Salaam, na Tanzânia, e África do Sul.
A reconstrução das infraestruturas de transporte tem sido a principal prioridade do governo de Angola para acelerar o desenvolvimento do país e propiciar condições dignas à população. YD