Baku (Da enviada especial) – A questão do aumento do financiamento, para limitar o aquecimento global a 1,5°C, tal como no período pré-Revolução Industrial, estará no centro dos debates da Cimeira sobre as Mudanças Climáticas (COP29), a decorrer de 11 a 22, em Baku, Azerbaijão.
Durante os trabalhos, os participantes vão procurar garantir uma nova meta sobre financiamento para alguns países, como por exemplo Angola, que carecem de ajuda financeira para fazer face aos desafios das alterações climáticas.
A Conferência das Partes da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas tem como prioridade fundamental diminuir as emissões de gases de efeito estufa e construir comunidades resilientes.
Entre os objectivos do evento, que decorrerá sob o lema ``Aumentar a Ambição, Possibilitar a Acção’’, consta, igualmente, a redução das emissões dos gases de efeito estufa para se evitar consequências ainda mais graves do que as que o mundo já enfrenta actualmente.
As negociações do art° 6 do Acordo de Paris, que cria um mercado de carbono global no âmbito das Nações Unidas, também estarão no centro das atenções dos participantes.
Esta conferência anual das Nações Unidas reunirá os Estados que fazem parte da Convenção-Quadro da ONU sobre Mudanças Climáticas, bem como milhares de especialistas, jornalistas, activistas climáticos, líderes de empresas e organizações não governamentais.
Durante as reuniões preparatórias, os grupos de negociadores regionais, dos quais Angola faz parte, como os países menos avançados (LDCs) e o G77 & China, estão a discutir e analisar de forma detalhada as agendas dos diferentes Órgãos Subsidiários de trabalho da Convenção.
A ideia é desenvolverem posições comuns para os processos de negociação das diversas temáticas.
O processo negocial da COP29 centra-se nas temáticas do “Financiamento Climático”, “Mitigação, Transição Justa Adaptação, Perdas e Danos”, “Balanço Global no âmbito do Artigo 6.º do Acordo de Paris, “Quadro de Transparência Reforçada (ETF)”, “Capacitação e transferência de tecnologia”, “Agricultura, Acção para o Empoderamento Climático (ACE)” e “ Género e alterações climáticas”.FMA/ART