Luanda - Mais de mil e 300 pedidos de certidões de óbito estão registados, pela Comissão de Reconciliação em Memória das Vítimas dos Conflitos Políticos (CIVICOP), em todo o país.
Em declarações à imprensa, esta terça-feira, o porta-voz da comissão, Israel Nambi, adiantou que, desde a sua criação, através do Decreto Presidencial 209/20, de 4 de Agosto, a CIVICOP já produziu cerca de 400 certificados e entregou aproximadamente 250 certidões de óbito às respectivas famílias.
Israel Nambi, que falava à margem do acto de entrega de certidões de óbito a familiares de quatro dirigentes UNITA, tombados em combate no conflito pós-eleitoral de 1992, na cidade de Luanda, referiu que a CIVICOP tem registado uma procura considerável dos seus serviços, por parte de cidadãos das 18 províncias do país.
Lembrou que os cidadãos interessados devem dirigir-se às conservatórias do registo civil, as lojas de registo e as administrações municipais e comunais.
Em relação à entrega dos restos mortais dos quatro dirigentes da UNITA, revelou que a comissão e as respectivas famílias aguardam pelos resultados dos exames de DNA.
“Como sabem, há um processo protocolar que deve ser respeitado, que tem a ver com os exames de DNA, que já foram feitos. Tão logo os resultados estejam concluídos, entregaremos as ossadas às respectivas familías”, esclareceu.
A Comissão de Reconciliação em Memória das Vítimas dos Conflitos Políticos ocorridos em Angola, de 11 de Novembro de 1975 a 4 de Abril de 2002, entregou, esta terça-feira, as certidões de óbito dos dirigentes da UNITA Salupeto Pena, Jeremias Chitunda, Mango Alicerces e Eliseu Chimbili, aos seus familiares.
À altura dos acontecimentos, Jeremias Chitunda era vice-presidente da UNITA, Mango Alicerces, secretário-geral, Salupeto Pena, representante do partido na Comissão Conjunta Político-Militar (CCPM), órgão encarregue da implementação dos Acordos de Bicesse, e Eliseu Chimbili, destacado dirigente do partido.