Dundo – Uma comissão de inquérito desloca-se, nos próximos dias, ao município do Cuango (província da Lunda Norte), para averiguar as circunstâncias da rebelião protagonizada por elementos do auto-denominado "Movimento Protectorado Lunda Tchokwe".
A medida, orientada pelo comandante-geral da Polícia Nacional, Paulo de Almeida, surge na sequência da tentativa de invasão da Esquadra Policial de Cafunfo, que resultou na morte de seis elementos ligados ao auto-denominado movimento e ferimentos de cinco outras, entre os quais dois membros da forças da ordem, disse à TV Zimbo o director do Gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa, comissário Orlando Bernardo.
Avançou que até ao momento estão já detidos 16 manifestantes, cujos processos crime estão em preparação e serão remetidos ao Ministério Público.
Disse que o Comando Municipal do Cuango está a tentar dialogar com responsáveis do auto-denominado movimento e implementou medidas efectivas para impedir novas ocorrências.
Sobre o posicionamento da Policia Nacional, reiterou que foi em reacção ao ataque dos cerca de 300 elementos do movimento, que estavam munidos de armas de fogo do tipo AKM, caçadeiras, ferros, paus, armas brancas e pequenos engenhos explosivos artesanais.
A rebelião aconteceu na madrugada deste sábado, quando os manifestantes desta organização sem estatuto legal, no quadro da legislação em vigor na República de Angola, dirigiram-se às instalações da esquadra policial de Cafunfu, para sua ocupação, com a pretensão de aposição de uma bandeira pertencente ao movimento.
Esta não é a primeira vez que o auto-denominado "Movimento Protectorado Lunda Tchokwe" prática actos do género e com recurso a armas de fogo.