CNE observa eleições presidenciais no Rwanda

     Política              
  • Luanda • Segunda, 15 Julho de 2024 | 11h34
Manuel Pereira da Silva, presidente da Comissão Nacional Eleitoral (CNE)
Manuel Pereira da Silva, presidente da Comissão Nacional Eleitoral (CNE)
Gaspar dos Santos

Luanda - O presidente da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), Manuel Pereira da Silva, encontra-se, desde Sexta-feira, no Rwanda, como observador às eleições presidenciais e legislativas desta Segunda-feira, neste país africano.

Segundo informações divulgadas no site da Comissão Nacional Eleitoral, Manuel Pereira da Silva participou, sábado, na conferência para os observadores eleitorais, dirigida pelo presidente da Comissão Nacional Eleitoral (NEC) do Rwanda, Oda Gasinzingwa, e pela vice-presidente, Mutimukeye Nicole.

A conferência para os observadores eleitorais, sublinha o documento, teve como objectivo informar sobre o papel dos observadores durante o processo eleitoral, bem como esclarecer algumas inquietações que eventualmente vão surgir durante o processo.

No Sábado, a delegação da Comissão Nacional Eleitoral angolana, composta por quatro membros, foi recebida em audiência pelo presidente Oda Gasinzingwa e pela vice-presidente, Mutimukeye Nicole, seguido de uma visita às instalações da instituição.

O presidente da Comissão Nacional Eleitoral participa como observador das Eleições Presidenciais e Legislativas do Rwanda a convite do seu homólogo Oda Gasinzingwa.

Embaixadores africanos informados sobre eleições

O embaixador Eduardo Filomeno Bárber Octávio, em companhia de 2 outros diplomatas do Grupo Africano acreditados naquele país, estiveram reunidos, sexta-feira, no Centro de Convenções de Kigali (KCC), para ser nformados sobre o processo de observação eleitoral.

De acordo com a nota de imprensa, a reunião, que juntou membros da Missão Conjunta de Observadores da União Africana (COMESA), embaixadores e altos-comissários do Grupo Africano, foi de carácter informativo.

O encontrou permitiu a partilha de informações e experiências sobre os processos de observação e boas práticas eleitorais, refere o documento.

Dos 19 países africanos acreditados no Rwanda, estiveram presentes na reunião os embaixadores de Angola, África do Sul, Argélia, Congo-Brazzaville, Egipto, Quénia, Líbia, Marrocos, Senegal, Tanzânia, República Democrática do Congo, Sudão e Zimbabwe.

O embaixador de Angola, Eduardo Filomeno Bárber Octávio, participou no encontro na qualidade de decano interino do Grupo Africano.

Em relação à COMESA, o documento refere que a delegação foi chefiada pelo ex-Presidente de Cabo Verde, Carlos de Almeida Fonseca, com a participação do antigo primeiro-ministro do Uganda, Ruhakana Rugunda, e de membros do Comité de Anciãos da União Africana.

Durante a reunião, os participantes constataram, também, que até ao momento da campanha eleitoral, os rwandeses têm

Sido "um exemplo para África e o Mundo", pela sua grande capacidade de mobilização num clima de segurança, fraternidade e cordialidade, factores que ajudam a consolidar a democracia, a reconciliação e o desenvolvimento político do país.

Paul Kagame deverá ser reeleito

 Paul Kagame, que governa o Rwanda desde 2000, deverá ser reeleito hoje em eleições presidenciais que repetem as anteriores, com os mesmos protagonistas, só faltando saber se terá mais que os 98% que teve em 2017, noticiou o site Notícias ao Minuto.

Eleito sucessivamente para a Presidência com valores acima dos 93%, Kagame apresenta-se a estas eleições após a revisão constitucional que alterou a duração dos mandatos presidenciais.
 
Depois de ter atingido o limite de dois mandatos de sete anos, Kagame pôde candidatar-se em 2017 graças a uma controversa emenda constitucional de 2015 que introduziu um mandato de cinco anos - mantendo o máximo de dois mandatos.

Esta emenda foi alvo de fortes críticas, uma vez que "limpou" o número de mandatos de Paul Kagame e autorizou-o a candidatar-se a um mandato transitório de sete anos, de 2017 a 2024.

Uma vez reeleito, aquela reforma permitir-lhe-á manter-se no poder até 2034.

À semelhança da eleição presidencial de 2017, nos boletins de voto voltam a figurar os nomes de Frank Habineza, 47 anos, líder do Partido Ecologista Democrático do Ruanda, única formação de oposição autorizada no país, e que obteve 0,48%, e o independente Philippe Mpayimana, 54 anos, que chegou aos 0,73%.

Paul Kagame, 66 anos, é o obreiro da recuperação económica do Rwanda, que ficou exangue após o genocídio de 1994 e é hoje considerado por alguns dirigentes ocidentais e africanos como um modelo de desenvolvimento.

Um total de 9,01 milhões de eleitores está registada para as eleições de hoje, que, pela primeira vez, decorrem simultaneamente com eleições legislativas para renovar o parlamento dominado pela Frente Patriótica Rwandesa, o partido liderado por Kagame.ART





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