Luanda – As obras de construção da nova sede da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), no bairro dos Coqueiros, em Luanda, devem estar concluídas em Abril de 2022, altura em que deverá ser inaugurada.
A informação foi prestada este sábado durante a visita do Presidente da República, João Lourenço, à empreitada onde se inteirou do andamento das obras, iniciadas em Setembro do ano transacto.
Para suportar as obras, o Executivo angolano autorizou, em Julho de 2020, uma despesa no valor de 44 milhões 731 mil e 750 dólares norte-americanos.
A referida despesa prevê, além da empreitada de construção da nova sede, a inclusão do Centro de Escrutínio Nacional.
Segundo o director do Gabinete de Obras Especiais (GOE), Leonel Cruz, 60 por cento da obra está concluída, tendo assegurado que as instalações estarão equipadas e mobiliadas até Abril do próximo ano.
Indicou que o edifício, em construção no espaço da antiga fábrica de refrigerantes junto ao Estádio dos Coqueiros, terá um Centro de Dados, anfiteatro, gabinetes para o presidente da CNE e para os 16 comissários da instituição.
A infra-estrutura, cujas obras estão a cargo da empresa Mitrelli Group, Ltd., terá também salas do plenário, de reuniões e audiências, bem como um estacionamento para 108 viaturas.
Leonel Cruz assegurou que a fachada frontal do edifício, classificado património cultural, não será alterada.
O responsável informou que quando tudo estiver concluído, a CNE deverá criar 216 postos de trabalho, enquanto o Centro de Escrutínios outros 846.
A Comissão Nacional Eleitoral funciona, actualmente, em três andares de num edifício da rua Revolução de Outubro, em Luanda, e realiza o escrutínio de eleições em instalações arrendadas.
Nas eleições anteriores, realizadas em Setembro de 2017, a CNE arrendou um espaço no Centro de Convenções de Talatona, para o processamento e escrutínio de dados, pelo facto das actuais instalações não terem estrutura para o efeito.
O Presidente da Comissão Nacional Eleitoral, Manuel Pereira da Silva, afirmou que pela amplitude e dimensão das obras será um edifício onde caberão todos os serviços técnicos e administrativos da instituição.
Manuel Pereira da Silva disse estar satisfeito com o investimento feito pelo Estado angolano na instituição que em seu entender "legitima o poder político em Angola".