Huambo - Três milhões, 18 mil e 831 quilómetros quadrados de terra foram identificados em 11 zonas suspeitas com engenhos explosivos e minas nos municípios do Bailundo, Chicala-Cholohanga e Mungo, soube a ANGOP, esta segunda-feira.
O facto foi dado a conhecer à imprensa, pelo chefe do departamento do Centro Nacional de Desminagem (CND) na província do Huambo, Castro Kapanda, após a demolição de dois mil e 23 engenhos explosivos, minas anti-pessoais e anti-tanques, recolhidos em vários municípios desta região do Planalto Central.
Disse tratar-se de zonas que estão todas sinalizadas e com painéis informativos para evitar perda de vidas humanas, cujo processo tem sido reforçado com programas de educação sobre riscos e métodos preventivos contra minas nas comunidades.
Assinalou que a Agência Nacional de Acção contra Minas (ANAM) já traçou um programa de certificação, para breve, destas zonas suspeitas, distribuídas em 11 localidades, para se apurar e, caso haja explosivos e minas, começar um trabalho de desminagem para a segurança pública destas regiões.
Explicou que estes engenhos explosivos foram recolhidos pela CND, depois de denúncias feitas pela população, efectivos da Polícia Nacional, autoridades tradicionais e igrejas dos respectivos municípios.
Precisou que estes engenhos explosivos em estado obsoleto avançados foram retirados, maioritariamente, dos campos agrícolas com produção activa.
Informou que de Janeiro à presente data foram demolidas mais de dez mil engenhos explosivos, incluindo minas anti-pessoais e anti-tanques, recolhidos na província do Huambo, prestes a se declarar como zona livre destes artefactos.
Por sua parte, o chefe de secretaria da Administração do município da Chicala-Cholohanga, Estêvão Aarão, informou que os acidentes com minas ou engenhos explosivos reduziram, significativamente, com a intensificação das campanhas de sensibilização, para aumentar a capacidade de conhecimentos da população.
Enfatizou que a sensibilização tem sido extensiva nas unidades escolares e áreas de maior concentração populacional, para que todas as forças vivas estejam envolvidas na prevenção de acidentes nas comunidades.
Ao intervir no acto, o soba da aldeia da Lhambangui, situado no município da Chicala-Cholohanga, Mariano Calei, apelou à população a continuar a fazer denúncias sobre as zonas suspeitas de minas, para travar acidentes provocadas pelas minas nas comunidades, numa altura que aumentar o índice de negócios de recolha de sucatas.
A autoridade tradicional enalteceu os esforços do Governo relacionados com o programa de desminagem nas comunidades, para manter segura a população e ampliar os campos agrícolas naquela municipalidade. LT/JSV/ALH