Djibloho (Do enviado especial) – O Conselho de Ministros da Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC) está a analisar, esta quinta-feira, em Djibloho, Guiné Equatorial, o relatório intercalar do facilitador sobre o processo de transição no Gabão.
Em discussão está igualmente o cumprimento das recomendações do Presidente da Comissão relativo a implementação da decisão da deslocalização provisória da sede da comunidade de Libreville para Malabo.
O conselho, que conta com a presença de 10 dos 11 ministros dos Estados membros da organização, acontece no quadro do Conselho de Paz e Segurança da África Central (COPAX) sobre a transição política no Gabão.
A reunião dos ministros antecede a V Cimeira dos Chefes de Estados e de Governo a ter lugar na sexta-feira, com a presença do Presidente da República, João Lourenço.
Durante a abertura do encontro, o ministro da Integração Regional da República da Guiné Equatorial e presidente em exercício do Conselho de Ministros da CEEAC, Lucas Ntchama, destacou a necessidade do apoio do processo de transição no Gabão, como forma de se pôr fim a crise política reinante depois do golpe de estado de Agosto do ano em curso.
Lucas Ntchama fez menção de ao longo dos últimos três meses o mediador indicado pela CEEAC, o Presidente da República Centro-Africana, Faustin Archange Touadera, ter mantido contactos com as autoridades gabonesas e diversos actores da sociedade civil, no quadro do esforço para o retorno a normalidade.
“Os Estados membros têm a obrigação de apoiar o processo de transição no Gabão, pois devemos lembrar o esforço deste país em processos de promoção da paz na região”, disse Lucas Ntchama.
Angola faz-se presente com uma delegação chefiada pelo ministro das Relações Exteriores, Téte António, e integrada, entre outros, pelo embaixador na Guiné Equatorial, José Luís de Matos.
Para o fim da crise política no Gabão, a CEEAC elaborou um roteiro para servir de bússola orientadora para o mediador aplicar as medidas que foram tomadas pela organização.
A CEEAC é constituída por Angola, Burundi, Camarões, República Centro-Africana, Chade, Congo, Guiné Equatorial, Gabão, Ruanda, São Tomé e Príncipe e República Democrática do Congo. VM/VIC