Luanda - O Centro Integrado de Segurança Pública (CISP), em Luanda, registou, entre 2020 a 2024, um total de 19 milhões, 362 mil e 377 chamadas, das quais 17 milhões, 939 mil e 648 foram de falso alarme.
Os dados foram revelados esta sexta-feira pelo director-geral do CISP, comissário Adulcínio Lutukuta, no final da visita do ministro do Interior, Manuel Homem, ao centro, erguido para responder, em tempo útil, às solicitações dos cidadãos em caso de alteração da ordem pública.
O Centro Integrado de Segurança (CISP) validou, ao logo desse período, um milhão, 354 mil e 744 chamadas.
Segundo o oficial comissário, as chamadas sem interesse através do terminal de emergência 111 constituem uma preocupação, pelo facto de estarem com uma percentagem acima de 50 por cento nos registos da instituição.
"O que temos que fazer é sempre chamar a atenção da população, consciencializar que este é um bem público que foi colocado à disposição dos cidadãos para resolver as suas situações de emergência e só usarmos mesmo em caso de necessidade", vincou.
Mais de mil câmaras em Luanda
O comissário Adulcínio Lutukuta fez saber que ao nível de videovigilância, foram instaladas na cidade de Luanda mais de mil câmaras, que potenciam os órgãos operativos com informações obtidas através desses recursos.
Adiantou que ao nível da análise de inteligência, diariamente recebem mais de 100 pedidos para o auxílio dos órgãos de investigação criminal no esclarecimento dos vários vestígios delitos que ocorrem na capital do país.
Asseguram o funcionamento da estrutura central de Luanda 757 efectivos nas áreas de gestão e ciências, na sua maioria formados na China na especialidade de GPS (circuito fechado de televisão e gestão de atendimento ao público).
A formação teórica e prática desses especialistas inclui ainda a recolha de dados, análises criminais, operação e manutenção de hardware e software, entre outros.
A par da unidade central, instalada na avenida Ho-Chi-Min, o projecto inclui também estruturas em Benguela, Huambo e Huíla e, brevemente, entra em funcionamento o Centro Integrado de Segurança Pública de Cabinda, que está numa fase avançada de construção.
Prevê-se igualmente a instalação de nova tecnologia nas instalações dos objectivos estratégicos do país.
Os centros foram concebidos com a ajuda da China, que passou para Angola a sua experiência em segurança pública, além da formação de técnicos nacionais em diversas áreas ligadas as tecnologias de informação. DC/SC