Luanda – O secretário executivo da Conferência Internacional da Região dos Grandes Lagos (CIRGL), João Caholo, advertiu, esta segunda-feira, aos estado membros a cooperar mais no quadro da vigilância conjunta, de modo a assegurar a inviolabilidade das fronteiras, garantir a paz, estabilidade e iniciar o processo de diálogo político.
Ao intervir na abertura da 18ª reunião Ordinária do Comité de ministros da defesa, referiu que a situação de segurança na região dos Grandes Lagos continua calma, estável, mas volátil, merecendo a atenção de todos.
De acordo com responsável, a situação no leste da República Democrática do Congo, do Sudão e a permeabilidade das fronteiras dos países desta região, nomeadamente a Republica Centro Africana e Sudão do Sul, permite que mercenários tenham liberdade de se movimentar sem qualquer controlo.
“A guerra civil no Sudão está a ser apoiada por mercenários vindos da África Ocidental e utilizam o trânsito dos países, como a RCA, o Sudão do Sul e Tchad, para fazerem guerra no Sudão”enfatizou.
Para si, a presença dos participantes é sinal da estima e comprometimento que dão ao sentido da missão da presença e da criação da CIRGL.
Por outro lado, enalteceu os esforços do Presidente de Angola, que atribui prioridade à questão da paz e estabilidade em África.
Augura que nesta sessão passe em revista questões relacionados com a operatividade do mecanismo conjunto de verificação alargada e do Centro de Inteligências.
Por sua vez o ministro da Defesa Nacional e Veteranos da Pátria, João Ernesto dos Santos, referiu que a segurança da CIRGL é um pressuposto essencial, sem a qual ficam comprometidos todos os projectos em execução visando o crescimento progressivo e o desenvolvimento dos Estados.
Nesta perspectiva, enalteceu a segurança como factor imperioso para a promoção da Paz e do Desenvolvimento sustentável na Região dos Grandes Lagos, mediante actos permanentes de cooperação política e diplomática entre os Estados-membros.
Portanto, sublinhou, que a participação nas reuniões do Comité de Ministros de Defesa da CIRGL deve perseguir na busca constante de soluções duradouras que promovam a Paz e a Estabilidade, sem as quais jamais alcançará o desejado desenvolvimento.
No que respeita a Angola, fez saber que a situação político-militar é calma, estável e sob controlo dos órgãos de Defesa e Segurança.
João Ernesto dos Santos destacou os avanços económicos, sociais e políticos, com destaque para Censo Populacional e Habitacional, bem como as estratégias do Executivo para a diversificação da economia.
Fez saber ainda que está em curso um processo de Reestruturação, Redimensionamento e Reequipamento das FAA, configurando-as à actual conjuntura política e económica do país, face a situação de Paz vigente nas regiões de que Angola é parte integrante.
A Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRGL) foi criada no rescaldo dos conflitos políticos que dilaceraram a Região dos Grandes Lagos, em 1994.
Integram nesta conferência os países como Angola, Burundi, República Centro-Africana, República do Congo, República Democrática do Congo, Quénia, Uganda, Ruanda, Sudão, Sudão do Sul, Tanzânia e Zâmbia, signatários do Quadro de Paz, Segurança e Cooperação Framework (PSCF).MGM/ART