Ondjiva - Cinco mil 481 cidadãos foram impedidos de atravessar ilegalmente a fronteira Angola/Namíbia, nos últimos três meses, na província do Cunene, mais 227 em relação ao idêntico período anterior, apesar de encerrada com prevenção contra à Covid-19.
A província do Cunene partilha 460 quilômetros de fronteira com a República da Namíbia, dos quais 340 terrestres e 120 fluviais.
Trata-se de cinco mil cidadãos nacionais e 189 estrangeiros, retidos quando tentavam transpor a linha de fronteira no sentido Namíbia/Angola e vice-versa.
Em declaração, nesta quinta-feira, à Angop o director do gabinete de comunicação institucional e imprensa do Comando da Polícia Nacional na região, intendente Nicolau Tuvekalela, realçando que acção resulta de mil 55 tentativas de violação de fronteira.
Disse que as mesmas ocorreram nas subunidades de Santa-Clara, Calueque e Okatale, que após registo operativos os nacionais foram postos em liberdade, enquanto os estrangeiro entregues a direcção do Serviço de Migração.
Por descaminho de mercadoria, o órgão registou 57 infracções, que resultaram na apreensão de oito mil 645 dólares americanos, três mil 520 dólares namibianos, 210 euros, 150 mil kwanzas e oito mil 155 litros de combustível,
No âmbito da criminalidade, ressaltou que a corporação registou 549 crimes, mais 84 em relação ao período anterior, que resultaram na apreensão de 402 cidadãos por suposto envolvimento dos delitos.
Por área administrativa, os crimes ocorreram no município do Cuanhama com 273 casos, Ombadja ( 91), Namacunde (78), Cahama (41), Cuvelai( 40) e Curoca(26) .
Quanto à sinistralidade rodoviária, a província registou 81 acidentes de viação, mais 14 que resultaram em 10 mortes e 99 feridos.
O excesso de velocidade, falta de prudência, condução sob efeito de álcool e mudança de direcção irregular foram apontados como causa dos sinistros.