Beijing (Da enviada especial) - O Chefe de Estado angolano, João Lourenço, trabalha este domingo na província de Shandong, a mais de 400 quilómetros de Beijing, no seguimento da sua visita de três dias à China.
Em shandong, João Lourenço vai visitar a empresa Xinhua Medical Instrumentos co.LTd, que produz dispositivos médicos e equipamentos farmacêuticos.
O Presidente de Angola vai visitar também a Academia de Ciências Agrícolas, visando encontrar soluções adaptáveis à realidade do país que possam alavancar a agricultura.
Anda no ramo da agricultura, João Lourenço é também aguardado na base de cultivo de cogumelos comestíveis da Qihe Biotech, empresa nacional de alta tecnologia, especializada em pesquisa, desenvolvimento, produção e exportação.
Vai igualmente tomar contacto com o Grupo Lutai, fornecedor de vestuário com tecidos de ponta, actualmente considerado o maior produtor de tecidos de cor tingida de alta qualidade do mundo, sobretudo camisas.
Shandong é uma província populosa, com uma população residente de cerca de 102 milhões de pessoas. É a segunda maior em termos de população, atrás apenas de Guangdong.
É uma das mais desenvolvidas de toda a China, dispondo de um Produto Interno Bruto calculado em mais de um trilião de dólares. Com uma população de 102 milhões de pessoas é o território onde nasceu o grande pensador chinês Confúcio.
A intemporal obra "A Arte da Guerra", da autoria de Sun Tzu e considerada o primeiro e mais importante tratado de estratégia militar do mundo, nasceu em Shandong.
Quatro décadas de Cooperação
Actualmente, as relações de cooperação entre os dois países têm o seu quadro jurídico assente num Acordo Geral que opera, há mais de 40 anos, nos mais variados domínios da vida económica e social, com forte presença nas áreas de formação de quadros.
A construção e o apetrechamento do Centro Integrado de Formação Tecnológica e da Academia Diplomática Venâncio de Moura, assim como a atribuição de bolsas de estudo a jovens angolanos são algumas acções realizadas no âmbito da cooperação bilateral.
Com um stock avaliado em 18.410,2 milhões de dólares, correspondente a 37,27% do total da dívida pública externa de Angola (avaliada em cerca de 49.387,7 milhões de dólares até ao terceiro trimestre de 2023), a China segue como maior credor de Angola, apesar dos esforços do Governo angolano para reduzir a sua dívida.
Em 2022, o volume comercial entre os dois países foi de mais de 22 milhões de dólares americanos, um aumento de 26 por cento em relação ao ano anterior, segundo a Embaixada da China em Angola (um dólar americano equivale a cerca de 824 kwanzas angolanos). FMA/IZ