Chibia - A abertura de quatro furos de água e a construção do igual número de barragens para aproveitamento das águas pluviais constam dos 14 projectos aprovados pelo município da Chibia, no quadro do Fortalecimento da Governança para a Melhoria da prestação dos Serviços em Angola “Njila”.
A carteira de projecto inicial estava fixada em 65 iniciativas, avaliada em seis milhões de dólares, no entanto houve um reajuste a nível central, reduzido para dois milhões e 800 mil dólares (dois mil milhões e 800 milhões de kwanzas), para 14 acções.
A Chibia é um dos municípios da província da Huíla assolado pela seca nos últimos anos, daí a aposta nas referidas acções ligadas a água para o consumo, actividade agrícola e abeberamento do gado.
Para a abertura dos furos nas localidades de Muhandji, na comuna sede, de Vicolonga na Capunda Cavilongo, na de Catolototo no Jau e de Manhongolo na Quihita, a administração vai canalizar ao todo 140 milhões de kwanzas, ao passo que para as chimpacas, 203 milhões, nas quatro comunas do município.
Nos projectos destaca-se ainda a construção e apetrechamento de três escolas, num orçamento cada de 225 milhões de kwanzas e ainda a reabilitação de uma outra de quatro salas de aulas, avaliada em 150 milhões de kwanzas.
A aquisição de insumos agrícolas, de kits de terraplanagem, a construção de postos de registo civil e emissão de Bilhete de Identidade, de um mercado municipal, bem como compra de equipamentos informáticos e consumíveis são os outros projectos elencados pela administração.
Ao falar, na sexta-feira, no encontro municipal de auscultação da comunidade que aprovou os 14 projectos, o administrador da Chibia Sérgio da Cunha Velho, apesar da redução dos projectos e das verbas, ainda assim satisfaz, pois são recursos com os quais não contavam.
Por sua vez, o director regional da Unidade de Implementação do Njila, Hélder Abraão, avançou eu depois da homologação pelo governador e posteriormente fazer chegar ao Ministério da Administração do Território, que está a coordenar o projecto vão dar as próximas directrizes, como a abertura da conta bancária do município e ver as questões do desembolso.
O Njila conta com um financiamento global de 250 milhões de dólares do Banco Mundial, para um período de quatro anos e na fase piloto abrange quatro regiões e 58 municípios. A primeira compreende as províncias do Uíge e Luanda, a segunda, as de Benguela e Cuanza sul, a terceira ao Huambo e Bié e a quarta, as da Huíla e do Cunene.
Na Huíla abrange 10 municípios, nomeadamente Caconda, Cacula, Caluquembe, Chibia, Chicomba, Humpata, Jamba, Lubango, Matala e Quipungo, ao passo que Cunene são os de Cahama, Cuanhama, Namacunde e Ombadja.
O projecto, foi lançado em Janeiro do ano em curso, em Luanda, visa contribuir progressivamente para a autonomia local do estado, aumentando o montante, confiabilidade das transferências fiscais para os municípios seleccionados nas oito províncias e reforçar a capacidade de gestão financeira e fundiária, assim como aumentar a cobertura da identidade e registo civil. EM/MS