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Chefe de Estado está em Kinshasa 

     Política              
  • Luanda • Segunda, 12 Agosto de 2024 | 13h35
Saída do Presidente João Lourenço à RDC
Saída do Presidente João Lourenço à RDC
Domingos Cardoso - ANGOP

Kinshasa (Do enviado especial) - O Chefe de Estado, João Lourenço,  chegou esta segunda-feira a Kinshasa, República Democrática do Congo (RDC), onde vai manter um encontro com o Presidente congolês, Félix Tshisekedi.

No Aeroporto Internacional N´dijili, João Lourenço recebeu cumprimentos de boas vindas de autoridades da RDC e de Angola, presentes para o efeito.

A visita faz parte dos esforços diplomáticos que visam garantir o cumprimento do novo acordo de cessar-fogo, assinado a 30 de Julho último, em Luanda, entre a República Democrática do Congo (RDC) e o Rwanda, sob a mediação de João Lourenço.

Em vigor desde 04 de Agosto corrente, o novo cessar-fogo no Leste da RDC tem sido motivo de forte movimentação diplomática envolvendo Angola, os Estados Unidos, a África do Sul,  a RDC e o Rwanda.

No último fim-de-semana, João Lourenço esteve em Kigali, onde abordou a questão com o seu homólogo rwandês, Paul Kagame, à margem da cerimónia de investidura deste último para um novo mandato de cinco anos à frente dos destinos do Rwanda.

Antes da sua deslocação, o Presidente João Lourenço, na qualidade de mediador da União Africana (UA) no conflito, conversou por telefone com Kagame e com Tshisekedi sobre a consolidação do processo de paz na RDC.

Manteve igualmente um encontro, em Luanda, com o seu homólogo da África do Sul, Cyril Ramaphosa, que agradeceu os esforços de João de Lourenço na busca da paz na região.

A RDC acusa o Rwanda de apoiar activamente a rebelião do M23 no conflito que assola o Leste do país, alegações reiteradamente refutadas pelas autoridades rwandesas.

Ao mesmo tempo, Kinshasa acusa igualmente o Rwanda e o M23 de tentarem apoderar-se dos recursos minerais do Leste do país.

Por seu lado, o M23, um dos mais de 100 grupos armados activos, na região, alega estar a defender uma parte ameaçada da população tutsi que vive, na província do Kivu-Norte.

O M23 foi constituído, em 04 de Abril de 2012, quando cerca de 300 soldados das Forças Armadas da RDC se sublevaram por alegado incumprimento do acordo de paz de 23 de Março de 2009, que dá nome ao movimento.

Depois da perda de poder do seu líder de então, Bosco Ntaganda, o movimento voltou a pegar em armas, no final de 2021, depois de uma década adormecido.

Desde então, conquistou grandes áreas do território do Kivu-Norte e provocou a deslocação de centenas de milhares de pessoas, nesta província oriental.

As Nações Unidas apontam para a existência de mais de sete milhões de pessoas deslocadas, na região, no que constitui uma das maiores crises humanitárias do mundo.

Presidente acusa antecessor

Na semana passada, o Presidente da Félix Tshisekedi acusou o seu antecessor, Joseph Kabila, de preparar uma "insurreição" e de pertencer a um movimento rebelde armado.

Joseph Kabila está "a preparar uma insurreição", afirmou Tshisekedi, acusando  igualmente o seu antecessor de coordenar ou pertencer à Aliança Francesa do Congo (AFC), um movimento político-militar que inclui o M23.

"AFC é ele", assegurou Tshisekedi, numa entrevista concedida à rádio congolesa Top Congo, na Bélgica, onde se encontrava em tratamento médico.

Em Dezembro passado, Corneille Nanga, antigo presidente da Comissão Eleitoral da RDC, anunciou a criação da AFC juntamente com o M23.

Vários membros do Partido do Povo para a Reconstrução e a Democracia (PPRD), de Joseph Kabila, juntaram-se à AFC e aguardam o veredicto de um tribunal militar em Kinshasa, onde poderão ser condenados à pena de morte.

Joseph Kabila chegou ao poder, em 2001, após o assassínio do seu pai, Laurent-Désiré Kabila, que derrubou Mobutu Sese Seko, em 1997.

Em Janeiro de 2019, Kabila entregou o poder a Félix Tshisekedi, um antigo opositor, declarado vencedor das presidenciais de Dezembro de 2018, marcando a primeira transferência pacífica de poder desde a independência do país, em 1960.

Após dois anos de uma "co-gestão" conflituosa do país, Tshisekedi declarou uma ruptura com o clã político de Kabila e, desde então, o antigo Presidente tem-se mantido muito discreto nas suas aparições, nunca tomando posição sobre as questões políticas do país. ADR/VIC

 





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