Luanda - Daniel Chapo, o candidato da Frelimo a Presidente da República nas eleições gerais de 9 de Outubro próximo, em Moçambique, regressou ao seu país, esta quinta-feira, depois de cumprir três dias de trabalho Angola, no quadro do reforço da cooperação com o MPLA.
No Complexo do Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, o secretário-geral da Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique) recebeu cumprimentos de despedida do seu homólogo do partido no poder em Angola, Paulo Pombolo; do governador de Luanda, Manuel Homem, e de membros da Missão Diplomática do seu país.
Durante a sua estadia, na capital angolana, Daniel Francisco Chapo foi recebido, no Palácio Presidencial, em audiência, pelo Presidente João Lourenço, seguindo-se posteriormente para a sede do MPLA, onde conversou com a vice-presidente do partido que sustenta o Governo, Luísa Damião.
Em declarações à imprensa, no final do encontro com a também deputada à Assembleia Nacional, Daniel Chapo disse que a reunião serviu para estreitar as relações de cooperação entre as duas forças políticas e abordar um pouco sobre o processo eleitoral que acontece, a 9 de Outubro deste ano, em Moçambique.
"Fui à sede da agremiação angolana por ser um partido irmão. Como é do conhecimento de todos, a Frelimo e o MPLA são dois partidos que nasceram juntos e lutaram para as respectivas independências, razão pela qual nos tornamos independentes no mesmo ano”, observou o político, que antes de partir se reuniu no aeroporto com Paulo Pombolo.
Daniel Francisco Chapo acrescentou que Moçambique e Angola têm histórias comuns, tendo realçado que os dois países tiveram guerras de desestabilização e juntos resistiram até à assinatura dos acordos de paz.
Na ocasião, o candidato à Presidência de Moçambique pela Frelimo destacou o apoio que Angola tem demonstrado, em particular em épocas eleitorais. Para ele, “isso representa o espírito de união existente entre Moçambique e Angola, com vista a alcançar as nossas vitórias”.
Para o futuro de Moçambique, o político prometeu continuar a lutar para a independência económica, combater a fome, criar emprego para a juventude, industrializar o país, gerar rendimentos para as famílias, para além de atrair mais investimentos para melhorar as condições de vida das populações.
Perfil do candidato da Frelimo
Daniel Francisco Chapo, natural de Inhaminga, província da Sofala, tem 47 anos de idade. No último domingo (23), após três dias de debates acesos, foi eleito pela Frelimo, partido no poder desde 1975 em Moçambique, como seu candidato presidencial ao pleito do dia 9 de Outubro.
Chapo conquistou a indicação, na segunda volta, com 225 votos, correspondentes a 94.1%, do Comité Central da Frelimo, reunido em sessão extraordinária, na Escola do Partido, na Matola. Roque Silva desistiu e renunciou ao cargo de secretário-geral do partido.
O ex-locutor de rádio é formado em Direito pela Universidade Eduardo Mondlane e é, desde 2016, governador de Inhambane. Já foi conservador e administrador distrital. É o segundo candidato anunciado, depois de o MDM ter escolhido Lutero Simango para disputar as eleições nacionais de 9 de Outubro, em Moçambique. MDS