Cabinda – A situação de estabilidade política e militar ao longo da fronteira entre a província de Cabinda e as repúblicas do Congo e Democrática do Congo foi elogiada pela Missão Militar da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos.
O facto foi avançado hoje, terça-feira, à imprensa pelo chefe da equipa dos peritos do órgão técnico de Mecanismo Conjunto de Verificação Alargada da Conferência Internacional dos Grandes Lagos, coronel Ermar Kongba, no final do breve encontro mantido com a governadora de Cabinda, Mara Quiosa, no Palácio do governo local.
O coronel Ermar Kongba referiu ainda que em Cabinda, onde trabalhou durante dois dias, existe uma segurança positiva em toda a extensão da região, que tem permitido boa colaboração com as autoridades militares dos países vizinhos, garantindo uma circulação efectiva nas fronteiras comuns com segurança, paz e estabilidade.
No entanto, disse que a organização está preocupada com a situação em alguns estados membros , como a República Centro-Africana (RCA) e o Leste da República Democrática do Congo, onde se nota alguma instabilidade que exige um engajamento político a todos níveis para que se possa trazer a paz e reconciliação.
O oficial superior reconheceu os esforços e o papel desempenhado pelo Presidente de Angola, João Lourenço, personalidade política que tem grande experiência na resolução dos conflitos na região, com os seus esforços para estabilização do continente.
A Missão de Mecanismo Conjunto de Verificação Alargada é um órgão técnico militar da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos, que tem como missão fundamental de verificar os incidentes registados nos Estados membros, investigar alguns indícios que possam gerar incidentes, bem como a verificação da situação de segurança de todos Estados membros da região dos Grandes Lagos.
A delegação deixou já a cidade de Cabinda de regresso ao seu Quartel-general na cidade de Goma, Republica Democrática do Congo, via fronteira terrestre do Yema, sul de Cabinda (Angola). ING/PL/SC