Lubango - O branqueamento de capitais e o financiamento do terrorismo representam ameaças para a estabilidade dos países, pelo que precisam de uma a resposta forte e coordenada, defendeu hoje, segunda-feira, no Lubango, o governador da Huíla, Nuno Mahapi.
Ao dar as boas-vindas na abertura do 47.º Encontro de Peritos Seniores do Grupo de Combate ao Branqueamento de Capitais e Financiamento do Terrorismo para a África Austral e Oriental (ESAAMLG), Nuno Mahapi assinalou que para essa luta é importante garantir que as instituições estejam equipadas com os recursos necessários para prevenir, detectar e punir todos que buscam beneficiar-se de actividades ilícitas.
Para o governador, o encontro representa uma oportunidade “valiosa” para fortalecer a cooperação e trocar conhecimentos na luta conjunta contra esses flagelos que ameaçam a segurança e o desenvolvimento dos países.
Por isso, sinalizou, a cooperação internacional também desempenha um papel vital, pois o crime financeiro não conhece fronteiras.
O branqueamento de capitais é o processo pelo qual os autores de actividades criminosas encobrem a proveniência dos bens e rendimentos (vantagens) obtidos ilicitamente, transformando a liquidez decorrente dessas acções em capitais reutilizáveis legalmente, por dissimulação da origem ou do verdadeiro proprietário dos fundos.
Mais de 800 delegados dos países membros do ESAAMLG e representantes das Nações e Organizações de Cooperação e de Apoio estão reunidos no Lubango para deliberar sobre questões relacionadas aos esforços de combate ao branqueamento de capitais e ao financiamento do terrorismo na região.
O ESAAMLG, criado em 1999, é um organismo regional composto por 21 países membros dedicados ao combate ao branqueamento de capitais e ao financiamento do terrorismo e da proliferação de armas de destruição em massa na África Oriental e Austral, com base nas Recomendações do GAFI e outros instrumentos internacionais definidos para combater os crimes financeiros. MS