Luanda - O Bureau Político do MPLA (BP) aprovou, esta sexta-feira, a agenda de trabalho da reunião do Comité Central, marcada para o dia 9 deste mês.
Em declarações à imprensa, o porta-voz do partido, Esteves Hilário, disse que a reunião, orientada pelo Presidente do partido, João Lourenço, aprovou os documentos que serão submetidos ao Comité Central, que deverá deliberar sobre a convocação do Congresso Extraordinário da organização em Dezembro.
O Comité Central é o órgão competente para a convocação do Congresso e decidir a sua agenda.
Esteves Hilário informou que foi preparada a tese que será submetida ao Comité Central, que a submeterá ao Congresso Extraordinário do partido, denominada "MPLA da Independência aos nossos dias e os Desafios Futuros".
Esclareceu, na ocasião, que o Congresso Extraordinário de Dezembro não será electivo, lembrando que os mandatos no partido têm a duração de cinco anos.
"Só há renovação de mandatos nos congressos ordinários. Tivemos renovação de mandatos no congresso de 2021 e voltaremos a ter renovação no congresso de 2026", elucidou.
O BP debruçou-se igualmente sobre o 9.º Congresso Ordinário da JMPLA, que terá lugar em Novembro deste ano.
Esteves Hilário assinalou que o Presidente do MPLA ouviu o BP sobre os nomes apurados pela Comissão de Candidaturas da própria estrutura da JMPLA, para decidir se as três candidaturas vão ou não disputar a eleição para o cadeirão máximo da organização.
Segundo Esteves Hilário, no essencial, os três candidatos apurados pela Comissão de Candidaturas reúnem condições para serem primeiros secretários da organização.
A reunião apreciou ainda os projectos de resoluções para o preenchimento de vagas no Comité Central, bem como os projectos de resoluções para a regularização da direcção de cinco Comités Provinciais do Partido, tendo em vista a realização de conferências provinciais extraordinárias do MPLA no Bié, Cabinda, Cuanza Sul, Huambo e Lunda Norte.
O porta-voz lembrou que, com a nomeação de novos governadores provínciais, há necessidade de se compatibilizar os primeiros secretários de algumas províncias que, sendo governadores de outras províncias, têm que cessar as funções de primeiro secretário para assumirem as províncias em que foram nomeados.
O BP debruçou-se igualmente sobre a organização do país, no quadro da nova Divisão Político Administrativa (DPA), que prevê o surgimento de mais três províncias.
Segundo o político, isto fará com que as estruturas intermédias do partido, ao nível das províncias, sejam também reestruturadas porque com o surgimento de novas províncias os comités províncias serão divididos.
O Bureau Político é o organismo permanente da direcção do MPLA, que delibera no intervalo entre reuniões do Comité Central e se ocupa dos ajustamentos pontuais das estratégias do MPLA, tendo como primeira das suas competências organizar a vida interna do partido.
Compete ainda ao Bureau Político do MPLA pronunciar-se sobre a designação de militantes para o exercício de cargos ou funções de responsabilidade política a nível nacional.
O Comité Central (CC) do MPLA é composto por 693 membros, dos quais 101 são do seu Bureau Político.DC/ART