Luanda- A contribuição das mulheres africanas para a paz e segurança no continente esteve em destaquew no terceiro dia da Bienal de Luanda, que decorre sob o lema “Artes, cultura e património: alavancas para construir a África que queremos”.
Mulheres de Moçambique, do Botswana, dos Camarões e da Namíbia falaram das suas experiências e do que está a ser feito no continente sobre a reconstrução da paz.
Isso, porque apesar dos enormes recursos que poderiam criar a base para uma cultura sustentável de paz e prosperidade, ainda existe em África um circulo vicioso persistente de insegurança, desigualdade social e desastres naturais e humanas.
A abordagem ocorreu no painel “África e suas diásporas face aos conflitos, crises e desigualdades”, que visou apresentar iniciativas catalisadoras que possam combater as desigualdades, reduzir a pobreza e prevenir conflitos através do forte potencial estratégico na construção de uma paz e desenvolvimento sustentável.
A propósito, o jornalista Sebastião Panzo considerou positivo o debate, pelo facto de incidir no apoio aos artistas africanos e às indústrias culturais e recreativas, para uma recuperação económica inclusiva e sustentável.
Disse que as discussões centradas no tema África e suas diásporas face aos conflitos, crises e desigualdades foi relevante, principalmente porque houve troca de experiência e oportunidade, com os jovens a colocarem questões aos painelistas.
Revelou que participam na Bienal 150 jovens, entre angolanos no país e na diáspora, bem como de alguns países africanos.
A Bienal de Luanda é um projecto que nasce da convergência de políticas e programas estratégicos entre três parceiros principais, designadamente, o Governo de Angola, a UNESCO e a União Africana.
Apresenta e propõe espaços de reflexão, de exposição e de difusão de criações artísticas, boas práticas, ideias e saberes relacionados com a cultura de paz.