Luanda - O Presidente da República, João Lourenço, afirmou esta sexta-feira, em Luanda, que a província de Benguela vai ganhar muitos investimentos com o projecto em curso do Corredor do Lobito, localizado naquela região do país.
Falando na cerimónia de posse da nova vice-governadora de Benguela para o sector Político, Social e Económico, Cátia Francisca Gertrudes Tchimbinga Cachuco, o Titular do Poder Executivo reiterou que, com a entrada em funcionamento daquele Corredor, a província não ganhará apenas investimentos nos sectores dos transportes e logísticos, mas por “arrasto” outras áreas da economia local vão também beneficiar deste mega projecto que é o Corredor do Lobito .
Nesta perspectiva, João Lourenço recomendou à recém-empossada a ajudar o governador da província e outras entidades a materializar os programas do governo, e procurarem com isso resolver, o melhor possível, os problemas que afectam as populações da província de Benguela.
“Benguela tanto como outras é uma província importante e hoje, por maioria da razão, fala-se muito do Corredor do Lobito que nasce precisamente nessa região. Portanto prestem uma atenção especial a este facto”, expressou o Chefe de Estado durante a sua breve intervenção no acto.
Corredor do Lobito
Também conhecido como Caminho-de-Ferro de Benguela (CFB), representa uma rota de transporte que conecta o interior africano ao Oceano Atlântico, incluindo nações sem acesso ao mar como a Zâmbia e a RDC.
O Corredor do Lobito serve de transporte que inicia no porto com o mesmo nome (Lobito), na cidade de Benguela, para o interior de Angola até às regiões ricas em minérios na República Democrática do Congo (RDC) e na Zâmbia.
Não é apenas uma rota comercial, mas também uma porta vital que abre esses países para os mercados globais, facilitando a exportação de minerais, produtos agrícolas e bens manufacturados.
As vantagens de utilizar vias-férreas, como o Caminho-de-Ferro de Benguela, para o transporte de minerais são muitas. As ferrovias são mais eficientes para mover grandes volumes em longas distâncias em comparação com camiões.
Elas oferecem uma maior capacidade de carga por viagem, são mais eficientes em termos de consumo de combustível por tonelada de carga e têm um menor risco de acidentes e avarias, reduzindo assim a probabilidade de atrasos e danos à carga.
Além disso, os comboios são um meio de transporte mais amigo do ambiente, emitindo menos emissões de carbono por tonelada de carga.
As ferrovias também desempenham um papel significativo na redução do congestionamento rodoviário, levando a tempos de entrega mais rápidos e confiáveis. AFL/SC