Ondjiva - A governadora da província do Cunene, Gerdina Didalelwa, considerou esta quinta-feira, em Ondjiva, a Batalha do Cuito Cuanavale (1987-1988), um marco de reafirmação da soberania de Angola.
Falando no acto antecipado das celebrações do 37º aniversário do Dia de Libertação da África Austral, a assinalar-se a 23 de Março, Gerdina Didalelwa considerou o evento símbolo de resistência, coragem, sacrifícios e heroísmo demonstrados pelos guerreiros.
Segundo a governante, a data assume-se de grande importância não só para Angola, mas também para a região Austral de África e para o mundo, pois com esta vitória se abriu um novo horizonte de liberdade, paz, estabilidade política e económica do continente.
Esclareceu que os feitos marcaram um ponto final nos confrontos travados entre as forças governamentais, apoiadas pelo exército cubano, e as tropas da UNITA, suportadas pelo exército do então regime do Apartheid sul-africano.
Por este facto, disse que o Executivo angolano institucionalizou a data como Feriado Nacional, para prestar o devido tributo aos heróis que sacrificaram as vidas por uma causa justa, que é a liberdade do povo e assim evitar a expansão do regime segregacionista sul-africano.
Saliento que a celebração do 37ª aniversário da referida batalha ocorre num momento das comemorações dos 50 anos da independência nacional, constituindo uma ocasião propícia para a reflexão sobre o percurso do país enquanto Nação livre.
Nesta ordem de ideia, disse, o governo reconhece o sacrifício de todos os que contribuiram para a defesa da soberania nacional e da integridade territorial, assim como para a conquista da paz e a abertura do desenvolvimento do país.
A governante encorajou os antigos combatentes e veteranos da pátria a continuarem com a mesma bravura e determinação demonstradas no passado, a fim de servirem como fonte de inspiração e para preservação da consciência patriótica.
“Devemos manter viva a mesma bravura e determinação demonstradas no passado para que os desafios colocados actualmente possam ser vencidos e se concretizem os objectivos do desenvolvimento”, sustentou.
Gerdina Didalelwa apontou a necessidade de incutir na mente dos mais jovens e perpetuar na memória colectiva os feitos da batalha que sentenciou a libertação da África
Realçou que o referido dia marca a recente história do país, pois foi no período de 15 de Novembro de 1987 a 23 de Março de 1988 que ocorreu a célebre Batalha do Cuito Cuanavale, na actual província do Cuando.
A governadora explicou que os confrontos culminaram na assinatura de importantes instrumentos jurídicos, como os Acordos de Nova Iorque e a resolução nº 435/78 do Conselho de Segurança da ONU que determinaram a libertação de Nelson Mandela, a queda do regime do Apartheid, o regresso das tropas cubanas ao seu país e a independência da Namíbia
Sob o lema ”Preservar e valorizar as conquistas alcançadas, construindo um futuro melhor”, o acto foi marcado com a dissertação, em palestra, sobre a batalha do Cuito Cuanavale e a outorga de diplomas a alguns participes dos confrontos.
Testemunharam o evento membros do governo, de órgãos de defesa e segurança, partidos políticos, ex-militares participantes da referida batalha, estudantes, organizações da sociedade civil, entre outras individualidades.FI/LHE/VIC