Mbanza Kongo – As autoridades fronteiriças do município do Nóqui (Angola) e de Matadi (RDC) reunidas, nos últimos dois dias, acertaram a demolição de residências construídas anarquicamente ao longo da linha fronteiriça, já a partir do próximo dia 5 de Setembro do ano em curso.
Segundo o comunicado final do encontro realizado nos dias 8 e 9 deste mês na cidade de Matadi, capital da região do Congo Central (RDC), e que a ANGOP teve acesso este sábado, os participantes acordaram que as demolições abrangerão 13 moradias precárias erguidas entre os marcos 1 e 6, cuja destruição será testemunhada pelos membros da Comissão Mista das duas localidades fronteiriças.
As partes recomendaram também a necessidade da preservação de um espaço de cerca de 50 metros na linha de fronteira comum, em áreas ainda não construídas, para facilitar o patrulhamento conjunto das forças de segurança.
Encabeçada pelo administrador municipal do Nóqui, Manuel José António, a delegação angolana ao evento, solicitou à parte congolesa a isenção do pagamento de taxas aos veículos dos funcionários das duas regiões que entram nos respectivos territórios em missão de serviço.
O comunicado final exorta as autoridades do país vizinho no sentido de sensibilizarem a população que pratica agricultura no território nacional, para utilizar vias legais de acesso às suas lavras, bem como evitar a devastação da flora e fauna.
A delegação angolana foi integrada por 30 elementos, entre os quais o vice- cônsul de Angola em Matadi, responsáveis dos órgãos de defesa, segurança, ordem interna, SME, IGCA, AGT, entre outros técnicos.
Do lado congolês, a comitiva foi encabeçada pelo administrador da vila de Matadi, Dominique Nkodia Mbete, e envolveu membros da Direcção-Geral das Migrações (DGM), técnicos de planeamento urbano, assuntos fundiários, obras públicas e órgãos de defesa e segurança deste país.
Esta é a segunda vez que as entidades das duas regiões fronteiriças reúnem em menos de dois meses para tratarem assuntos de interesse bilateral.
A última reunião foi realizada na primeira quinzena de Julho último na vila do Nóqui, província do Zaire.
O Zaire partilha 310 km de fronteira com a RDC. JL