Mbanza Kongo – O vice-governador do Zaire para o sector político, social e económico, Afonso Nzolameso, denunciou, quarta-feira, em Mbanza Kongo, os esquemas utilizados por supostas redes para a introdução, no país, de imigrantes ilegais da República Democrática do Congo.
De acordo com o governante, tudo começa na região do Congo Central (RDC) ou na capital, Kinshasa, onde as pessoas interessadas em migrar para Angola são contactadas e seleccionadas por redes criminosas que auxiliam e promovem à imigração ilegal.
Postos na zona fronteiriça, no lado da RDC, segundo ainda o vice-governador que falava na abertura do Iº Conselho Consultivo do Comando Provincial do Zaire da Polícia Nacional, os estrangeiros são confinados em residências arrendadas, onde aguardam por algum sinal de supostos cidadãos angolanos para a sua infiltração no território nacional, a troco de dinheiro.
Afonso Nzolameso explicou que a entrada no país de grupos de imigrantes ilegais é feita por vias clandestinas de difícil acesso e controlo, também denominadas por “caminhos fiotes”.
A propósito, o vice-governador apelou aos órgãos competentes a redobrarem a vigilância ao longo dos 310 quilómetros de fronteira que a província do Zaire partilha com a RDC.
Sublinhou que o Executivo, preocupado com estas e outras práticas criminosas, está a trabalhar na modernização dos serviços de justiça que passa pela informatização dos tribunais, garantindo, desta forma, a optimização da justiça e conferir celeridade processual.
Deste modo, apelou aos órgãos que intervêm na administração da justiça a actuarem em coordenação e tempo útil, sob pena de a sua acção perder o efeito desejado.
A reunião que, entre outros assuntos, aborda o combate ao contrabando de combustível e à imigração ilegal, está a ser orientada pelo comandante provincial do Zaire da Polícia Nacional, comissário Firmino Uyamba.
O evento encerra hoje. PMV/JL