Luanda - O ministro do Interior, Eugénio Laborinho, afirmou, esta terça-feira, que os acontecimentos de Cafunfo foram "pura rebeldia" contra o poder instituído e os seus autores devem ser responsabilizados criminalmente.
Na madrugada de sábado, cerca de 300 indivíduos do auto-denominado "Movimento do Protectorado Lunda Tchokwe" invadiram a esquadra policial de Cafunfo, município do Cuango, na província da Lunda Norte.
O grupo estava munido de armas de fogo, objectos contundentes e meios de arremesso.
Durante o ataque, morreram quatro insurgentes. Outros dois faleceram no hospital.
Entre os feridos constam também um oficial das Forças Armadas Angolanas (FAA) e outro da Polícia Nacional, que se encontram em estado crítico, e quatro elementos ligados aos invasores.
Na sequência do incidente, o ministro defendeu a reacção das forças da ordem para a reposição, essencialmente, da legalidade.
Em conferência de imprensa, o governante confirmou que os insurgentes que invadiram a esquadra de Cafunfo, no município do Cuango (Lunda Norte), contaram com ajuda de cidadãos da República Democrática do Congo (RDC).
"Atacar um posto policial às 04h00 da manha é puramente um acto de rebeldia e insurreição armada. Graças à pronta intervenção das forças da ordem evitou-se um cenário pior", vincou o ministro.
O dirigente disse que os insurgentes pretendiam criar instabilidade social na região Leste, e alertou que as autoridades não vão permitir que o país seja desestabilizado por interferências internas e externas.
Na sequência do ataque, foram detidos 16 indivíduos afectos ao auto denominado Protectorado Lunda Tchokwe, cujos processos crimes estão em preparação.
Para o ministro do Interior, esta organização é uma autêntica falácia. "Angola é uma Nação una e indivisível", observou, descartando a possibilidade de um diálogo com os insurgentes que atacaram a esquadra policial de Cafunfo.
Assim sendo, instou o líder do auto proclamado Protectorado Lunda Tchokue, que se encontra em parte incerta, a entregar-se às autoridades para responder pelos seus actos.
Eugénio Laborinho entende que alguns partidos políticos querem aproveitar-se da situação para criar factos, ignorando que o que aconteceu foi um acto de insurreição armada contra o poder instituído.