Lubango – O julgamento do antigo director do Gabinete de Estudo e Planeamento do Governo da Huíla, António Ngongo, inicialmente marcado para a última terça-feira, foi adiado para Julho, por ausência deste e de seus advogados da sessão.
António Ngongo e outros dois co-autores, nomeadamente Sílvia Diogo e João Ndala, que aguardam o julgamento em liberdade, estão acusados de crimes de peculato e associação criminosa.
O ex-director do GEP não compareceu à audiência, por alegadamente estar a receber assistência médica numa das unidades sanitárias na capital do país.
Nessa conformidade, o juiz da causa Geraldo Ukuma, a pedido do Ministério Público, enviou uma carta rogatória ao Tribunal de Comarca de Lubango para averiguar a real situação de saúde do réu.
Referiu que caso se trate de uma manobra dilatória, ele deve ser trazido sob custódia à Huíla para comparecer na audiência, tendo aplicado multas aos co-réus por não comparem na audiência sem justificação.
Quanto às ausências dos três advogados, o juiz aplicou igualmente uma multa a cada um, por não terem justificado a falta e ordenou a notificação da ordem dos advogados pela conduta dos seus associados, que interfere negativamente no andamento do processo.
António Ngongo, que dirigiu o GEP de 2012 a 2018, havia sito detido em Abril de 2019, no mesmo dia em que esteve presente, como declarante, no julgamento do ex-director do Gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa (GCII) do governo da Huíla, Jaime Lombe.
Trata-se do quinto gestor do consulado do ex-governador da Huíla, Marcelino Tyipinge, arrolado pela justiça.
Os outros são os antigos director da Educação, Américo Chicote, das Finanças, Sousa Dala, do GCII, Jaime Lombe e o secretário Geral do governo, António Ndasindondyo.
Contra o ex-governador corre também um processo no Tribunal Supremo, por gozar de foro especial.