Lubango – A Auscultação e Consulta Pública da Nova Estratégia de Longo Prazo Angola 2050 termina nesta quinta-feira e até agora a participação dos cidadãos representa, no documento, as aspirações dos angolanos, considerou hoje, terça-feira, no Lubango, o secretário de Estado do Planeamento, Milton Reis.
Falando no acto da província da Huíla, esta manhã no auditório da Reitoria da Universidade Mandume Ya Ndemufayo, o responsável disse que a estratégia analisa o cenário nacional, sectário e territorial, num processo que começou em Fevereiro de 2017, com a revisão e extensão do Plano 2025, para até 2050.
“Para que o documento represente as aspirações de todos angolanos fizemos mais de mil entrevistas e auscultamos mais de 300 entidades, desde políticos, académicos, economistas e estudantes”, expressou.
Milton Reis sublinhou ser uma acção que teve em conta o horizonte temporal, dado que o ciclo de planeamento 2018/2022, ter sido o único que se encaixou no Angola 2025, cujos resultados foram poucos conseguidos, porquanto depois da reconstrução nacional, o passo a seguir previa um desenvolvimento económico acelerado, mas o país acabou vivendo uma recessão de cinco anos.
Esses episódios, segundo o secretário de Estado, abriram a necessidade de alinhar-se os instrumentos do Governo às agendas que país subscreveu, como 2063 do continente africano e a 2030 das Nações Unidas.
“Queremos ter um documento flexível que possa ser adaptado ao contexto de riscos, que apresente uma reflexão clara, defina as principais prioridades sectárias, identifique os principais motores do equilíbrio económico e do desenvolvimento”, precisou o secretário, na sua alocução.
Por sua vez, a vice-governadora da Huíla para o sector social, político e económico, Maria João Chipalavela, considerou que a governação existe enquanto tomada de decisão e quanto a participação de todos.
Para a dirigente, uma boa governação é aquela que olha para os mecanismos de participação dos cidadãos, articula os seus interesses, exercem os seus direitos e medeiam as diferenças, daí que pensar nos objectivos e nas oportunidades de desenvolvimento local e sustentável é a sina dessa auscultação. MS