Luanda - O Chefe de Estado angolano, João Lourenço, regressou, esta sexta-feira, à capital do país, depois de três dias nas províncias da Huíla e do Cunene, onde se inteirou do desenvolvimento e andamento de projectos locais.
Na capital do país, o Estadista recebeu cumprimentos de boas-vindas da Vice-Presidente da República, Esperança da Costa, e de altos funcionários do Estado.
A deslocação do Estadista ao Sul do país teve como primeira etapa a província da Huíla, onde manteve um encontro com o governo local, bem como inaugurou a 4ª Edição da Feira dos Municípios e Cidades de Angola, que decorreu pela primeira vez na capital huilana.
Na ocasião, o Presidente da República encorajou os governos provinciais e as administrações municipais a impulsionarem o desenvolvimento local, tendo em vista a atracção de mais investimento privado.
Ao intervir na abertura da 4ª Edição da Feira dos Municípios e Cidades de Angola e 9ª do Fórum Nacional dos Municípios e Cidades de Angola, João Lourenço sublinhou a importância desses órgãos da administração do Estado desempenharem um “papel crucial” para a redução das assimetrias existentes.
Já na província do Cunene, além de manter contacto com as autoridades locais, o Presidente constatou o andamento das obras das barragens de Ndúe e Calucuve, no Cuvelai, no quadro da aposta do combate à seca na região Sul.
Com os dois projectos estruturantes, o Executivo angolano quer ver reforçado o abastecimento de água às comunidades, assim como ao gado e irrigação de campos agrícolas.
Os dois projectos, cujas obras foram lançadas em 2021, estão inseridos no programa de combate à seca na região Sul do país, que prevê outras seis barragens.
De forma geral, com as empreitadas o Governo prevê beneficiar 136 mil pessoas, 260 mil cabeças de gado, para além de garantir a irrigação de 11 mil 600 hectares de terrenos agrícolas.
A Barragem de Calucuve, na bacia do Cuvelai, terá uma rede de canais, com uma extensão de 111 quilómetros e mais 44 chimpacas.
Por sua vez a do Ndúe terá uma rede de canais adutores de 75 quilómetros e mais 15 chimpacas.
Os dois projectos juntam-se ao Sistema de Captação do Rio Cunene, a partir da região do Cafu, uma iniciativa "bem sucedida", que apoia milhares de famílias.
Durante a visita de trabalho do Presidente da República foi ao Hospital Geral, que prevê uma capacidade para 220 camas, num investimento de 52 milhões de euros. SC/ADR