Luanda - O Presidente da República de Cuba, Miguel Mario Díaz-Canel Bermúdez, encontra-se no Palácio Presidencial, onde vai analisar e projectar com o seu homólogo angolano, João Lourenço, acções para o fortalecimento das relações de cooperação bilateral.
À sua chegada ao Palácio, o Presidente cubano recebeu cumprimentos de boas-vindas do Estadista angolano e obedeceu a procedimentos protocolares, antes de um encontro privado entre ambos.
No Palácio Presidencial, de acordo com a agenda de trabalho a que a ANGOP teve acesso, terão lugar conversações oficiais a nível de delegações governamentais e a assinatura de três acordos de cooperação.
No quadro do programa, Miguel Mario Díaz-Canel Bermúdez tem ainda prevista para hoje uma intervenção numa Sessão Especial da Assembleia Nacional (AN).
O Estadista cubano, que se encontra em Luanda desde domingo (20) para uma visita de Estado, deixa Angola terça-feira (22) com destino à África do Sul, onde vai participar na Cimeira do BRICS.
Relações Bilaterais
Angola e Cuba estabeleceram relações diplomáticas aos 15 de Novembro de 1975, quatro dias depois da Independência de Angola (11 de Novembro).
Os dois países mantêm hoje uma colaboração privilegiada, com realce para as áreas de defesa e segurança, saúde, educação, ciência e tecnologia, fruto do Acordo Geral de Cooperação que vigora desde 1976, no quadro das suas relações diplomáticas estabelecidas no ano anterior.
Estas relações bilaterais estão alicerçadas numa forte irmandade e solidariedade forjadas a partir da Independência.
A primeira visita de um Chefe de Estado cubano ao país ocorreu com Fidel Castro Ruz, em Março de 1977, pouco mais de um ano após a efectuada a Cuba por António Agostinho Neto, primeiro Presidente angolano.
Calcula-se que pelo menos 450 mil cubanos, entre militares médicos, professores, engenheiros e outros profissionais estiveram em Angola durante 16 anos.
Ao longo de várias décadas, Cuba tem também recebido várias centenas de angolanos, quer a título individual, quer por intermédio de bolsas de estudo governamentais.
À luz do Acordo Geral de Cooperação, estima-se que mais de 40 mil angolanos foram formados em Cuba, nas especialidades da agricultura, saúde, construção civil, comunicação social, educação, militar, defesa e segurança, transportes e ciências políticas, música e teatro. AFL/SC/ADR