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China/Angola: Fórum junta homens de negócios

     Política              
  • Luanda • Sábado, 16 Março de 2024 | 00h04
Bandeiras de Angola e China
Bandeiras de Angola e China
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Beijing (Da enviada especial) - A realização do Fórum de Negócios Angola-China marca, este sábado, o ponto alto do segundo dia da visita oficial do Presidente angolano, João Lourenço, a este país asiático.

A agenda do dia reserva audiências a empresarios chineses e uma entrevista a um órgão de comunicação social deste país, antes da partida do Presidente para a província de Shandong.

Na sexta-feira, o Presidente angolano participou em três reuniões de alto nível, designadamente com o seu homólogo chinês, Xi Jimping, o primeiro-ministro, Li Qiang, e o presidente do Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional (Parlamento), Zhao Leji..

Durante o encontro presidencial, no Palácio do Povo, Xi Jinping propôs a renovação da cooperação entre o seu país e Angola, em diferentes domínios.

Ressaltou que as relações bilaterais estão bem avançadas, razão pela qual vão continuar a apoiar Angola.

No final do encontro entre os estadistas, as delegações dos dois países assinaram 12 acordos, em áreas como o desporto, comércio a agricultura, desenvolvimento sustentável e infra-estruturas digitais.

Antes, na reunião com o primeiro-ministro chinês, o Presidente angolano informou que já "foram desbloqueados os constrangimentos apresentados por Angola sobre os compromissos com bancos e instituições credoras chinesas”.

João Lourenço precisou que a dívida de Angola à China fixa-se em cerca de 17 mil milhões de dólares norte-americanos.

Desse valor, explicou o Presidente angolano, cerca de 12 mil milhões de dólares foram contraídos junto do Banco de Desenvolvimento Chinês (CDB) e do EximBank.

Conforme salientou João Lourenço, cuja visita oficial decorre até domingo, foi realizado nos últimos dias, com sucesso, um trabalho dos ministros de Estado para a coordenação Económica e das Finanças de Angola com o ministro das Finanças da China e com estes bancos e instituições credoras, para estudar medidas de alívio, sem prejudicar os interesses de nenhuma das partes.

Ainda na sexta-feira, o Chefe de Estado angolano depositou uma coroa de flores no monumento dos heróis do povo, localizado na Praça da Paz Celestial, e participou de um jantar oferecido pelo homólogo chinês.

Na quinta-feira, à margem do programa oficial, o Presidente angolano recebeu empresários chineses que actuam em vários ramos em Angola, entre eles o presidente da China Gezghouba Group Corporation (CGGC), Tan Hua.

Com essa entidade, João Lourenço falou sobre o Aproveitamento Hidro-eléctrico de Caculo Cabaça, que está a ser construído na província do Cuanza​-Norte (Bacia do ​rio Kwanza) por essa empreiteira​.

Outra audiência foi com o presidente do Conselho de Administração da empresa Hebei Huatong Cable Group, Zhang Wedong, que abordou o andamento das obras de uma fábrica de produção de alumínio no Bengo, com capacidade de produção de 120 mil toneladas por ano.

Num outro encontro, João Lourenço recebeu o presidente da Engineering Corporation (AVIC), Liu Hong Guang, encarregue da  construção do Aeroporto Dr. António Agostinho Neto, inaugurado no ano passado.

Na série de audiências separadas, o Presidente recebeu o presidente do Conselho de Administração da Zheijiang Sunshine Industrial Group, Sociedade Comercial, Wu Hongxin, que investiu USD 550 milhões em Angola.

Do conjunto de audiências a executivos chineses, destaque para a da representação da Safety Technology, ​ uma subsidiária da China Telecom, encabeçada pelo presidente do seu Conselho de Administração, Li Longqing.

Quatro décadas de Cooperação

Actualmente, as relações de cooperação entre os dois países têm o seu quadro jurídico assente num Acordo Geral que opera nos mais variados domínios da vida económica e social, com forte presença nas áreas de formação de quadros, no caso da construção e apetrechamento do Centro Integrado de Formação Tecnológica e da Academia Diplomática Venâncio de Moura, assim como bolsas de estudo para os jovens angolanos.

Com um stock avaliado em 18.410,2 milhões de dólares, correspondente a 37,27% do total da dívida pública externa de Angola (avaliada em cerca de 49.387,7 milhões de dólares até ao terceiro trimestre de 2023), a China segue como maior credor de Angola, apesar dos esforços do Governo angolano para a rduzir. FMA/MCN
 





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