Luanda – O secretário para a Informação do Bureau Político do MPLA, Rui Falcão, afirmou que o partido continua “calmo, sereno” e vai respeitar os resultados definitivos das eleições gerais, divulgados pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE).
Rui Falcão falou esta quinta-feira à imprensa, em Luanda, a propósito dos resultados provisórios das eleições gerais da última quarta-feira, divulgados pela CNE, que dão vantagem ao MPLA, com 52,08 por cento, correspondente a 2.872.603 votos, segundo a última actualização.
“Gostaríamos de ganhar as eleições com 98 por cento, mas quem manda é o povo. Continuamos serenos e qualquer que seja o nosso resultado final, iremos respeitar, sabendo, desde já, que a vitória está assegurada”, afirmou.
O secretário apelou aos agentes políticos envolvidos no processo eleitoral, para se pautarem pela ordem e tranquilidade, tendo em conta a existência de “relatos de alguns actos de desacatos”.
“O MPLA está tranquilo, não tem nada a ver com isso, continua sereno e orientou, mesmo antes das eleições, aos militantes para não reagirem a qualquer provocação”, referiu.
De acordo com Rui Falcão, o MPLA não está envolvido no processo de divulgação dos resultados eleitorais, porquanto, constitucionalmente, compete à Comissão Nacional Eleitoral (CNE) o seu tratamento e divulgação.
Sobre Luanda e Zaire, províncias onde os resultados provisórios dão larga vantagem ao partido UNITA em detrimento do MPLA, reiterou o “respeito das regras do jogo”, argumentando: “a vida é assim, mas a vida continua”.
Sete partidos políticos, concretamente MPLA, UNITA, PRS, FNLA, APN, PHA e P-NJANGO, e a coligação CASA-CE concorreram para a vitória das eleições gerais do dia 24 do corrente mês.
Estas são as quintas eleições que se realizarão em Angola, depois de 1992, 2008, 2012 e 2017.
Catorze milhões, 399 mil eleitores, dos quais 22 mil e 560 residentes no estrangeiro, estavam habilitados à votação que, pela primeira vez na história de Angola, abrangeu 25 cidades de 12 países.