Luanda – Membros da sociedade civil angolana, de organizações religiosas, do corpo diplomático de países da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC) ressaltaram esta quinta-feira, em Luanda, a organização e funcionamento do Centro de Escrutínio Nacional.
No final de uma visita às instalações do Centro de Escrutínio, promovida pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE), no quadro dos preparativos para as eleições gerais de 24 de Agosto, o antigo bastonário da Ordem dos Advogados de Angola (OAA), Manuel Gonçalves reconheceu ter havido um investimento significativo, com o propósito essencial de garantir a transparência de todos os actos do processo.
Disse sair das instalações do Centro de Escrutínio Nacional com uma impressão bastante positiva, porque ter tido a oportunidade de confrontar o que é o conhecimento teórico, relacionado com a legislação existente sobre matéria eleitoral, e o modo prático como todo o processo de escrutínio vai acontecer.
“As diversas componentes constantes das diferentes sessões, que constatamos existirem aqui neste centro de escrutínio, dá-nos garantia de que o processo poderá vir a ocorrer com bastante equilíbrio, e que a CNE e os seus diversos órgãos possam funcionar com transparência, imparcialidade e garantir resultados consonantes com a vontade dos eleitores”, enfatizou.
Por sua vez, António Sawanga, presidente da organização Movangola, felicitou a CNE por ter permitido que ficassem esclarecidas as dúvidas, de modo transparente, saindo das instalações do Centro "bastante consciente e esclarecido sobre como funcionará o processo".
João Lusivikweno, que representou o projecto "Eu Acredito", saudou o convite da CNE, que demonstra disponibilidade e abertura da parte da instituição, adiantando que sai “com muito boa impressão e esperança de que estes muitos jovens treinados para o efeito possam fazer um bom trabalho".
Por seu lado, o embaixador da Zâmbia acreditado em Angola, Lawrence Chalungumana, referiu que os diplomatas ficaram com a percepção de que o sistema está preparado e a CNE igualmente para a realização do pleito.
O diplomata disse ainda que, após a interacção com o presidente da CNE e com alguns comissários, estão satisfeitos pelas informações que foram partilhadas, bem como a confiança em relação ao processo.
Salientou o facto de Angola ser um Estado membro da SADC, que desperta o interesse da região pelo processo eleitoral e que decorra sem sobressaltos.
O presidente do Fórum de Comissões de Eleições da SADC, Alberto José Sabe, reforçou a convicção de que a CNE está preparada, em termos de equipamentos, dai a convicção de que “teremos as eleições que todos desejam como sendo livres, justas e credíveis”.
Para o porta-voz da CNE, Lucas Quilundo, este é mais um exercício desenvolvido pela sua instituição, no quadro do processo de preparação das eleições, como um sinal de abertura, por ser um processo transparente e todos os procedimentos adoptados para o apuramento dos resultados são seguros e devem ser livres de quaisquer suspeições.
Para o pleito deste ano estão registados 14 milhões 399 mil eleitores, dos quais 22 mil 560 na diáspora.
Concorrem às quintas eleições gerais sete partidos políticos, designadamente MPLA, UNITA, PRS, FNLA, APN, P-NJANGO e PHA, e uma coligação, a CASA-CE.