Luanda - O Presidente da República, João Lourenço, considerou, esta terça-feira, o nacionalista Luís Neto "Kiambata" como um "ilustre filho" de Angola e enalteceu o seu contributo em prol da causa dos angolanos.
O embaixador e nacionalista Luís Neto "Kiambata" morreu na madrugada de sábado (20), em Luanda, vítima de doença, aos 75 anos.
Numa mensagem à família do malogrado, o Chefe de Estado refere ter sido com "consternação e profunda tristeza" que tomou conhecimento da morte de "Kiambata", endereçando "sentidas condolências" à família enlutada e aos amigos, em nome do Executivo angolano e no seu próprio.
Realça o contributo de Luís "Kiambata" como antigo combatente e sublinha que as suas acções "marcarão para sempre a história de libertação nacional".
João Lourenço refere na missiva que o embaixador "Kiambata" cumpriu com abnegação e zelo as diferentes missões, servindo como referência para as gerações vindouras.
Natural de Luanda, Luís Neto "Kiambata" notabilizou-se, juntamento com Nelito Soares e Diogo de Jesus, ao desviar de Luanda, em 1969, um avião da companhia portuguesa até Ponta Negra, República do Congo, uma das antigas sedes de guerrilha anticolonial do MPLA.
Depois de regressar a Angola, em 1975, trabalhou junto do primeiro Presidente do país, António Agostinho Neto, e foi um dos directores-gerais da Agência Angola Press (ANGOP).
A partir de 1980, exerceu as funções de embaixador Extraordinário e Plenipotenciário na Zâmbia e no Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte, tendo participado ainda na abertura da primeira representação diplomática de Angola em Cuba.