Luanda – Fiéis de várias igrejas cristãs e membros de forças políticas concorrentes às eleições gerais da próxima quarta-feira (24), participaram, este domingo, em várias províncias, numa corrente de oração a favor da paz e da tolerância durante o pleito.
Vestidos, na sua maioria de branco, a cor que simboliza a paz, os fiéis pediram a intercessão divina para que ela (paz) seja preservada antes, durante e depois das eleições gerais de quarta-feira, 24.
Organizado pelo Conselho de Igrejas Cristãs em Angola (CICA), Aliança Evangélica de Angola (AEA) e a Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST), o culto reuniu diversas denominações religiosas que oraram a favor dos concorrentes, da Comissão Nacional Eleitoral, dos observadores, jornalistas, dos órgãos de defesa e segurança e dos angolanos, em geral.
Na província do Huambo, a mensagem do culto a favor da tolerância nas eleições gerais coube ao pastor Euclides do Santos, da Igreja Metodista Unida, que apelou aos concorrentes a colocarem os interesses da nação acima dos partidários, para a contínua promoção da cultura de paz e do respeito pela diferença.
Por sua vez, a governadora da província do Huambo, Lotti Nolika, reiterou o apelo à preservação da paz e da tolerância, para que as eleições gerais decorram num clima de tranquilidade e de harmonia social.
Já na província do Moxico, o reverendo da Igreja Baptista, Dinis Cassanga, disse, durante o culto ecuménico a favor de eleições livres, que o “homem feliz é aquele que promove a paz no seio da sua comunidade e amigos, semeando a tranquilidade e a união”.
Apelou para todos os envolvidos no pleito eleitoral a cimentar o espírito pacificador e aceitar os resultados das urnas, pois entende que a “escolha do homem é a voz de Deus” .
Na província do Cunene, o reverendo Frederico Supuleta aconselhou aos eleitores a regressarem à casa depois de depositarem o seu voto na urna.
A governadora do Cunene, Gerdina Didalelwa, manifestou-se satisfeita pelo gesto das igrejas, por promoverem uma mensagem de paz, irmandade e de unidade nacional.
Lembrou que as eleições são uma oportunidade para o reforço da democracia e estabilidade social, pelo que todos devem participar com civismo.
Concorrem ao pleito eleitoral os partidos políticos MPLA, UNITA, FNLA, PRS, APN, PHA, P-NJANGO e a coligação CASA-CE.
Os concorrentes disputam os votos de 14 milhões 399 mil eleitores, dos quais 22 mil 560 residentes no estrangeiro e que votam, pela primeira vez, nas quintas eleições na história de Angola, depois das de 1992, 2008, 2012 e 2017.