Luanda - O Presidente da República, João Lourenço, abordou, esta terça-feira, em Luanda, com observadores internacionais questões ligadas ao processo das eleições gerais, que culmina com a votação, esta quarta-feira.
Trata-se de Paulo Portas e José Luís Arnaut, duas personalidades ligadas à política portuguesa, que já exerceram vários cargos no Governo de Portugal.
No final da audiência decorrida no Palácio Presidencial, José Arnaut disse â imprensa que há condições para que tudo decorra com normalidade e nos marcos da lei.
Afirmou que, do ponto de vista tecnológico e informático, a sede da Comissão Nacional Eleitoral (CNE) está equipada com meios modernos que obedecem às normas internacionais para o efeito.
Por seu lado, Paulo Portas disse acreditar no futuro de Angola, com a realização destas quintas eleições gerais no país.
Paulo Portas e José Luís Arnaut estão em Angola na qualidade de observadores internacionais, a convite do Chefe de Estado angolano, para supervisionarem o pleito eleitoral.
Ainda hoje, os dois observadores vão manter contactos com líderes de formações políticas concorrentes às eleições.
Cinquenta entidades estrangeiras irão observar e acompanhar as eleições gerais em Angola, com o objectivo de verificar a transparência, a credibilidade interna e internacional e a justeza do processo eleitoral.
Mais de 14 milhões de eleitores, dos quais 22 mil e 650 na diáspora, distribuídos por 25 cidades de 12 países de África, da Europa e da América do Sul, devem exercer o direito de voto.
As eleições deste ano são as quintas na história de Angola, depois das de 1992, 2008, 2012 e 2017.
O sufrágio anterior foi disputado a 23 de Agosto de 2017 por seis forças políticas, com a participação de 76,57 por cento dos pelo menos 9,3 milhões de eleitores.
O MPLA venceu-as com 61 por cento dos votos, à frente da UNITA (26,67%) e da CASA-CE (9,44%).
