Luanda - Um total de 276 mil e 641 delegados de lista foram inscritos, pelos partidos políticos e coligação de partidos, para as eleições de 24 de Agosto próximo.
Este facto foi tornado público este sábado, em Luanda, pelo porta-voz da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), Lucas Quilundo, no final de uma sessão plenária extraordinária deste órgão.
Referiu que, entre estes, estão igualmente os que farão parte das assembleias de voto no exterior, sendo que para estas apenas o MPLA e a UNITA o fizeram.
Lucas Quilundo frisou que a inscrição dos delegados de lista é da inteira responsabilidade dos partidos ou coligação pelo que uma vez terminado o prazo para tal (3 de Agosto) já não será possível.
Argumenta que a não inscrição de delegados de lista não tem qualquer influência ou efeito na validade dos resultados nas mesas de voto.
Durante o plenário, a CNE indeferiu a reclamação do partido PHA relativo ao retorno dos equipamentos disponibilizados para que as formações políticas pudessem fazer a inscrição dos seus delegados de lista, por ter dado entrada fora de tempo.
Por este facto, o porta-voz reiterou o apelo para que as formações políticas que ainda não tenham feito a devolução do mesmo o façam, por constituir uma retenção indevida de património da CNE.
As eleições deste ano, que terão pela primeira vez a participação dos angolanos na diáspora, são as quintas da história de Angola, depois das de 1992, 2008, 2012 e 2017.
São esperados mais de 14,399 milhões de eleitores, dos quais 22.560 no estrangeiro.
A votação no exterior terá lugar em 12 países e 25 cidades, tais como África do Sul (Pretória, Cidade do Cabo e Joanesburgo), Namíbia (Windhoek, Oshakati e Rundu) e República Democrática do Congo (Kinshasa, Lubumbashi e Matadi).
Ainda no continente africano, poderão votar os angolanos residentes no Congo (Brazzaville, Dolisie e Ponta Negra) e na Zâmbia (Lusaka, Mongu, Solwezi).
Fora do continente, o voto estará aberto à diáspora angolana no Brasil (Rio de Janeiro, Brasília e São Paulo), na Alemanha (Berlim), na Bélgica (Bruxelas), em França (Paris), no Reino Unido (Londres), em Portugal (Lisboa, Porto) e nos Países Baixos (Roterdão).
O sufrágio anterior foi disputado, em 23 de Agosto de 2017, por seis forças políticas, com a participação de 76,57 por cento dos cerca de 9,3 milhões de eleitores inscritos.
O MPLA venceu por maioria qualificada, com 61 por cento dos votos, à frente da UNITA com 26,67 por cento e da CASA-CE (Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral) com 9,44 por cento.