Luanda – O candidato do MPLA a Presidente da República, João Lourenço, defendeu este sábado, na cidade do Uíge, o aumento da produção do café, com vista à criação de excedente para a exportação e a arrecadação de divisas.
Durante um evento político de massas realizado no quadro da campanha para as eleições gerais do dia 24 do corrente mês, o cabeça-de-lista do MPLA considerou o café como uma importante fonte de riqueza para as famílias angolanas e para o país, que já ostentou o título de um dos maiores exportadores do produto.
Disse que se Angola produzir excedente de café poderá voltar a ser um exportador, e o produto tornar-se-á numa das principais fontes de riqueza e de arrecadação de receitas para o país.
João Lourenço encorajou o povo do Uíge a prosseguir com a aposta na agricultura e na pecuária, para produzir alimentos suficientes para o consumo interno e para a exportação, sublinhando que a província é forte no domínio da agropecuária, pois possui terras férteis e água em abundância.
“A ideia é sermos auto-suficientes no domínio da alimentação. Termos comida para nós e para exportar, para termos recursos, divisas para investirmos noutros ramos e podermos industrializar o nosso país”, explicou.
O líder partidário afirmou que, devido à sua localização, o Uíge é uma província cujas vias são importantes para ligar o resto do país aos países vizinhos, dando como exemplo a República Democrática do Congo (RDC).
Informou que o Executivo prestou, no período de 2017 a 2022, melhor atenção às vias de acesso, exemplificando com a recuperação da estrada que liga as localidades de Quitexe e Ambuíla.
O candidato referiu-se igualmente à centralidade do Kilomosso, com cerca de mil e 10 residências para igual número de famílias, e que terá um aumento de mais de 500 casas na segunda fase da sua construção.
Para as eleições do dia 24 deste mês, a província do Uíge tem mil 670 assembleias de voto, para atender 712 mil 430 eleitores.
No quadro da campanha eleitoral, em curso de 24 de Julho a 22 do corrente mês, João Lourenço já trabalhou em Luanda, Cuanza Sul, Bié, Lunda Norte, Cunene e Cuando Cubango, entre outras províncias.
As eleições gerais de 2022 terão, pela primeira vez, a participação de angolanos residentes no estrangeiro, e são as quintas, depois das de 1992, 2008, 2012 e 2017.
São esperados 14 milhões 399 eleitores, dos quais 22 mil 560 no estrangeiro.