Luanda - Os cidadãos angolanos vivem, esta terça-feira, o Dia de Reflexão, a menos de 24 horas do quinto sufrágio da história do país.
O Dia de Reflexão, consagrado na Constituição da República e na Lei Orgânica das Eleições Gerais, visa permitir que os eleitores avaliem, de forma livre e consciente, o seu sentido de voto.
Angola realiza na quarta-feira eleições gerais para a escolha do novo Presidente da República, do Vice-Presidente da República e dos deputados da nação.
Mais de 14 milhões de eleitores, dos quais mais de 222 mil a residirem na diáspora, são chamados às urnas, para exercer o dever cívico.
Oito forças políticas concorrem ao sufrágio, designadamente PHA, P-NJANGO, UNITA, PRS, FNLA, CASA-CE, APN e MPLA (partido no poder).
Em várias partes do país, o Dia de Reflexão está a ser marcado pela procura, de vários eleitores, das suas assembleias de voto.
A menos de 24 horas das eleições gerais, são muitos os cidadãos que ainda desconhecem o seu local de votação.
Para tal, a CNE tem brigadistas nas ruas que facilitam o processo de consulta dos dados eleitorais àqueles que ainda desconhecem os seus locais de votação.
Segundo o brigadista Manuel Albano, vários eleitores se dirigiram aos locais indicados desde as primeiras horas da manhã para esse fim.
É o caso do cidadão Fernando Malanje, de 21 anos, que vai exercer o seu direito de voto pela primeira vez. O eleitor diz que já sabe onde é a sua assembleia de voto e a respectiva mesa.
Por sua vez o cidadão Nzongo Titina, de 50 anos, diz ser a quinta vez que vai exercer o seu direito cívico e já teve contacto com o local, por ser no bairro em que vive.
Para Carla Suqueto, de 42 anos, é pela terceira vez que vai votar. Acabou de confirmar o seu local de voto nesta terça-feira, com ajuda do brigadistas.
Já Izalino Bernardo, de 60 anos, diz desconhecer a sua assembleia de voto mas promete ir ao encontro de um brigadista para se informar.
Segundo o Operador de Sistema de Informação ao Eleitor, João Capinda, escalado no largo o Soweto, de fronte ao Instituto Médio Industrial de Luanda
(IMIL), desde as 8 horas já atendeu mais 50 pessoas.
João Capinda apontou como principal dificuldade apresentada pelo eleitores a deslocalização e a localização das Assembleias de Votos, situação que a sua equipa resolve com o aplicativo de rota ao voto, com informação mais acertada.
Aproveitou a ocasião para apelar às pessoas a manter-se informadas e não deixar para o final, porque o voto representa um acto de cidadania.
A cidadã Vilma Francisco, eleitora pela terceira vez, que vive na Vila Alice, distrito do Rangel, que recebeu mensagem da CNE que deve votar no Rocha Pinto, distrito da Maianga.
A eleitora viu regularizada a situação pelos técnicos no largo do Soweto e poderá exercer no colégio Patricia Rossana, situado no seu local de residência.
O mesmo aconteceu com o cidadão Celso Ndala, igualmente eleitor pela terceita vez, embora não tenha divulgado a sua real localização, fez saber que não foi escalado para a assembleia em que votou nas eleições de 2017.
Já o vendedor do mercado dos Congoleses, David Maculina, que vota pela segunda vez, residente no bairro Capolo, Palanca, sabe que vai votar no colégio Boa Festa.
Por seu turno Lurdes Luciano, também eleitora pela segunda vez, moradora no bairro Rangel, distrito urbano do Rangel, município de Luanda, está informada de que a sua assembleia de voto será na praça do Rangel.
“O voto dá-nos o direito de escolher o líder para dirigir o país nos próximos cinco anos”, daí que aconselhe as pessoas a exercer o seu direito.
Angola realiza, esta quarta-feira, 24, as quintas eleições gerais na sua história, depois de 1992, 2008, 2012 e 2017, estando hoje reservado para reflexão dos 14 milhões 399 mil eleitores habilitados ao voto, dos quais 22 mil 560 na diáspora, distribuídos por 12 países.
A província do Huambo tem registados um milhão 103 mil 685 eleitores e criadas mil e 15 assembleias e mil 973 mesas de voto.
São concorrentes os partidos MPLA, UNITA, PRS, FNLA, PHA, APN, P-NJANGO, bem como a coligação CASA-CE.