Luanda - O Conselho de Igrejas Cristãs em Angola (CICA) apelou esta segunda-feira aos partidos políticos a optar por discursos moderados que promovam harmonia, durante a campanha eleitoral.
Em declarações à ANGOP, em Luanda, a secretária-geral da instituição, reverenda Deolinda Dorcas Teca, exortou ao respeito pela diferença de opiniões, que sejam evitados discursos “musculados” e que a actuação de cada concorrente decorra com base no respeito mútuo, na diferença.
Referiu o empenho do CICA na educação cívica eleitoral dos cidadãos, por entender que o país é desenhado através do voto.
Considera ser da responsabilidade da igreja informar, educar, instruir, sensibilizar e esclarecer os cidadãos sobre os processos eleitorais.
O CICA foi observador das eleições de 2012 e voltará a desempenhar igual papel no pleito do presente ano.
As eleições de 2022, que terão pela primeira vez a participação dos angolanos na diáspora, são as quintas da história de Angola, depois das de 1992, 2008, 2012 e 2017.
Com efeito, são esperados 14,399 milhões de eleitores, dos quais 22.560 residentes no estrangeiro.
A votação no exterior terá lugar em 12 países e 25 cidades, tais como África do Sul (Pretória, Cidade do Cabo e Joanesburgo), Namíbia (Windhoek, Oshakati e Rundu) e República Democrática do Congo (Kinshasa, Lubumbashi e Matadi).
O sufrágio anterior, disputado em 23 de Agosto de 2017 por seis forças políticas, contou com a participação de 9,3 milhões de eleitores.