Luanda - O empoderamento da mulher angolana, baseado na construção de uma sociedade mais justa e igual, é uma das apostas da Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE) apresentada este domingo no tempo de antena da Televisão Pública de Angola (TPA).
De acordo com o candidato a presidente da República pela CASA-CE, Manuel Fernandes, a aposta nessa franja da sociedade visa torná-la, cada vez, mais livre da discriminação e dos maus tratos a que muitas delas são submetidas, com realce para as zungueiras (vendedouras de rua).
Acrescentou que o objectivo é dinamizar uma ampla participação das mulheres em todos os níveis da administração pública, observando os princípios da igualdade de condições no preenchimento de cargos.
Por via de um decreto, o Executivo angolano está comprometido com o empoderamento da mulher e define a política nacional para igualdade e equidade de género e a sua respectiva estratégia de advocacia e mobilização de recursos para implementação e monitorização, incluindo o programa de desenvolvimento local e combate à pobreza.
Angola tem uma população em crescimento e maioritariamente jovem, entre os 0 e 25 anos, e deste grupo, a população feminina representa 51%.
Colocada na posição 5 do boletim de voto, a CASA-CE é uma força política integrada pelo Partido de Aliança Livre de Maioria Angolana (PALMA), Partido de Apoio para Democracia e Desenvolvimento de Angola – Aliança Patriótica (PADDA-AP), Partido Pacífico Angolano (PPA), Partido Nacional de Salvação de Angola (PNSA) e Partido Democrático para o Progresso de Aliança Nacional Angolana (PDP-ANA).
Foi criada a 3 de Abril de 2012 e a sua primeira participação em eleições gerais foi em 2012, quando elegeu oito deputados para o Parlamento, enquanto que em 2017 obteve 16 deputados, correspondentes a 9,45 por cento dos votos válidos.
MPLA, UNITA, CASA-CE, PRS, FNLA, PHA, APN e P-NJANGO concorrem ao pleito de 2022, o quinto, depois de 1992, 2008, 2012 e 2017.
Segundo dados oficiais, Luanda, a maior praça eleitoral do país, conta com 4 milhões 671 eleitores (37%) dos mais de 14 milhões inscritos no ficheiro eleitoral em todo país.