Lisboa (Da correspondente)- Milhares de angolanos residentes nas cidades de Lisboa e Porto aderiram hoje, quarta-feira, às assembleias de voto, no quadro das eleições gerais no país.
Em Portugal estão registados sete mil 657 eleitores, dos quais seis mil 110, em Lisboa, e mil 547, na cidade do Porto.
Em constatação feita pela ANGOP às duas cidades portuguesas, os angolanos manifestaram satisfação por participar do sufrágio, que permite a escolha dos futuros dirigentes do país.
O embaixador de Angola em Portugal, Carlos Alberto Fonseca, destacou que o processo decorreu sem sobressalto e reconheceu que as condições foram criadas para o efeito.
Salientou ainda que os eleitores exerceram o dever cívico com satisfação e alegria.
O ponto focal da Comissão Nacional Eleitoral (CNE) em Lisboa, Carlos Santos, considerou que o processo decorreu com normalidade, como estipulado pela organização, tendo salientado ter havido boa adesão dos eleitores registados.
Por sua vez, a Cônsul de Angola no Porto, Isabel Godinho, manifestou satisfação pelo facto de o governo ter criado as condições para os angolanos residentes em alguns países participassem, activamente, na festa da democracia.
Maria Damião, angolana de 62 anos, uma das votantes abordadas pela ANGOP, considerou o processo bastante organizado e dinâmico, e destacou a organização nas assembleias de voto, permitindo que os leitores exercessem o direito de cidadania sem constrangimentos.
Cláudio Antunes agradeceu o Governo, por proporcionar este momento aos angolanos, tendo realçado o nível elevado de organização.
Por seu turno, Joana Domingos disse que não esperava encontrar tal nível de organização do sufrágio, em Portugal, por ser a primeira vez que se realiza na diáspora.
As eleições gerais contaram com a participação de 14 milhões 399 mil eleitores, dos quais 22 mil 560 residentes no estrangeiro. A votação no exterior, a primeira na história do país, ocorreu em 25 cidades de 12 países.
Concorreram às mesmas, sete partidos políticos, designadamente MPLA, UNITA, PRS, FNLA, APN, PHA e P-NJANGO, bem como uma coligação, a CASA-CE.
Foram as quintas eleições realizadas em Angola, depois das de 1992, 2008, 2012 e 2017.