Luanda – O Partido de Renovação Social (PRS) vai defender, na Assembleia Nacional (AN), a reforma do sistema de justiça e introduzir a pena de prisão perpétua, caso vença as eleições 24 de Agosto.
No seu tempo de antena esta quinta-feira, na Rádio Nacional de Angola (RNA), o PRS propôs consagrar a pena de prisão perpétua para todo os homicídios voluntários e outros crimes graves, para a garantia da tranquilidade, estabilidade social e erradicação de actos hediondos.
A transformação da Procuradoria-Geral da República (PGR), num verdadeiro órgão da legalidade do país, bem como a valorização dos recursos humanos, com acções de formação de oficiais de justiça, magistrados judiciais, do ministério público, a fim de garantir eficácia do trabalho, fazem parte da proposta de Governo do PRS.
Para a formação política, a valorização dos recursos humanos passa também pelo estabelecimento de salários justos, benefícios para os magistrados, no sentido de se evitar as tentações de corrupção.
O pleito de 2022 conta com a participação de oito formações políticas, entre as quais duas participam pela primeira vez, o PHA e o P-NJANGO.
As oito formações políticas vão disputar os votos de 14 milhões 399 mil eleitores, dos quais 22 mil 560 residem no estrangeiro e votam, pela primeira vez, nas quintas eleições na história de Angola, depois das de 1992, 2008, 2012 e 2017.
O Partido de Renovação Social (PRS) foi fundado a 18 de Novembro de 1990, tendo como primeiro líder Eduardo Kuangana, que esteve à frente dos seus destinos durante 27 anos.
Na primeira eleição em que participou, em 1992, o PRS conquistou seis assentos na Assembleia Nacional, tendo passado para oito, em 2008.
Nas eleições de 2012, o partido viu reduzidos os seus resultados a três assentos, enquanto nas de 2017 ficou com apenas dois deputados.