Luanda - O Partido Humanista de Angola (PHA) apontou, hoje, segunda-feira, a valorização da vida e das condições sociais dos angolanos, como mote da sua governação, em caso de vitória nas eleições gerais de 24 de Agosto próximo.
A intenção foi manifestada no segundo Tempo de Antena do PHA na Rádio Nacional de Angola (RNA), que serviu também para apresentação da sua cabeça-de-lista, Florbela Malaquias, mormente a sua trajectória académica, profissional e política.
O PHA sublinhou que quer ser governo para humanizar Angola e define o humanismo como doutrina que coloca o homem no centro das prioridades da governação, negando a opressão, a subalternização, a exploração e a exclusão social.
“Acreditamos que apenas com humanismo podemos cultivar o espírito, cuidar dos corpos, restaurar a alegria de viver, definir o próprio destino, conectar-se connosco mesmo, com o próximo, com a natureza e com África”, ressaltou o partido no seu Tempo de Antena.
Na sua comunicação, o PHA propõe a alteração do modelo de gestão do país, dos recursos, das pessoas e dos seus interesses, direitos e expectativas, por ter como vocação cuidar das pessoas e estar a altura das exigências da humanidade.
Nos seus dez minutos de antena, clarificou que a sua visão de sociedade assenta em critérios de valorização e respeito pelos direitos do homem, enquanto a sua concepção humanista fundamenta-se na filosofia africana Bantu.
Primeiro no boletim de voto, o Partido Humanista de Angola concorre pela primeira vez às eleições gerais, com a jurista Florbela Malaquias como candidata a Presidente da República.
Foi fundado este ano e legalizado a 26 de Maio último, pelo Tribunal Constitucional, e tem como foco a humanização de Angola, sobretudo nos sectores da saúde e da educação.
A também jornalista de carreira Florbela Catarina Malaquias nasceu na província do Moxico, a 26 de Janeiro de 1959 e é licenciada em direito, pela Universidade Agostinho Neto, onde fez também o mestrado em ciência jurídico-empresarial.
No jornalismo, a candidata a Presidente da República iniciou-se, em 1980, na Rádio Vorgan e depois transferiu-se para a Rádio Nacional de Angola, onde chegou igualmente a desempenhar o cargo de administradora executiva.
Deu aulas no ensino médio, entre 1983 e 1986, e passou a exercer a advocacia, a partir de 2008. É membro da Comissão de Reconciliação em Memória às Vítimas dos Conflitos Políticos e da Ordem dos Advogados de Angola (OAA).
Florbela Catarina Malaquias é igualmente membro da Associação Angolana de Mulheres de Carreira Jurídica e do Sindicato dos Jornalistas Angolanos (SJA) e,entre outras línguas, fala fluentemente francês, inglês e espanhol.
A sua actividade política começou na UNITA, partido no qual chegou a fazer parte dos quadros militares, atingindo a patente de capitã. É a única mulher a concorrer a Presidente da República nas quintas eleições, depois das de 1992, 2008, 2012 e 2017.