Luanda - O candidato a vice-Presidente da República pela Aliança Patriótica Nacional (APN), Noé Francisco Dias Mateus, defendeu a alternância geracional do poder político, por acreditar que os jovens são a esperança de uma Angola melhor.
Ao falar, esta sexta-feira, durante um acto de mobilização no mercado da Estalagem, no município de Viana, em Luanda, salientou que os jovens não estão a ser directamente envolvidos nas políticas de transformação do país.
Criticou as duas maiores forças políticas do país, o MPLA e a UNITA, porque, apesar de falarem da juventude, nas suas listas de candidatos, entre os dez primeiros, não há qualquer jovem de pelo menos 35 anos de idade.
Explicou que pretendem fazer essa mudança, de modo a passar o país a uma próxima geração, envolvendo os jovens, por serem a continuidade da nação, promovendo a mensagem: "nada acerca dos jovens sem os jovens".
Na ocasião, o vice-presidente da Aliança Patriótica Nacional aconselhou o vencedor das próximas eleições de 24 de Agosto a sair do discurso para prática nas questões ligadas aos jovens, colocando-os no centro da política nacional ou das mudanças de Angola.
Depois do acto de mobilização, o candidato a vice-presidente da República de Angola orientou uma marcha, por algumas ruas do bairro Estalagem.
Disputam o poder no presente pleito, os partidos MPLA, UNITA, APN, PRS, FNLA, PHA e o P-NJANGO, bem como a coligação CASA-CE. Estas são as quintas eleições realizadas em Angola depois de 1992, 2008, 2012 e 2017.
As próximas eleições terão, pela primeira vez, a participação dos angolanos na diáspora, sendo as quintas na história de Angola, com 14 milhões 399 mil eleitores inscritos, 22 mil 560 dos quais no estrangeiro.