PR pede harmonia e empenho para bem da Nação

     Política              
  • Luanda • Sábado, 17 Setembro de 2022 | 13h39
Presidente da República, João Lourenço rende homenagem em memória do Drº Agostinho Neto
Presidente da República, João Lourenço rende homenagem em memória do Drº Agostinho Neto
Santos Pedro - JA

Luanda – O Presidente da República, João Lourenço, exortou, este sábado, os angolanos a construirem, em harmonia e com empenho, a Nação que seria motivo de orgulho para o seu fundador, António Agostinho Neto.

O apelo está expresso no livro de honras em memória de António Agostinho Neto, que, neste sábado (17), faria 100 anos de idade.

O estadista angolano considerou necessária a exaltação das qualidades do finado como lutador intransigente pela independência, liberdade e bem-estar do povo.

João Lourenço exaltou também a visão profética e mobilizadora da sua obra poética, o seu espírito humanista, a sua vocação solidária e internacionalista.

“No seu papel de herdeiro das tradições de resistência dos nossos antepassados e de guia clarividente, o Dr. António Agostinho Neto ensinou-nos a confiar nas nossas forças e na justeza da nossa luta, a ter a certeza da vitória final, apesar de eventuais recuos momentâneos no nosso processo libertador”, sublinhou.

Conforme o Presidente Neto soube encarnar os anseios mais profundos e as aspirações mais legítimas do povo pela liberdade e justiça social, consagrados na sua lapidar expressão de que “o mais importante é resolver os problemas do povo”.

João Lourenço referiu que “recordar e celebrar a figura histórica de Agostinho Neto é assinalar para as novas gerações o máximo exemplo a seguir no combate universal contra todas as formas de opressão e de exploração do homem pelo homem”.



O Presidente da República reiterou fidelidade ao ideário político-humanista de Agostinho Neto e renovou o compromisso de continuar (…) a garantir aos angolanos uma vida melhor, nos planos da saúde, da educação, da habitação, do trabalho, da cultura e do lazer.

Ainda neste sábado, no quadro do centenário de Agostinho Neto, o Presidente da República, acompanhado pela Primeira-dama, Ana Dias Lourenço, testemunhou o içar, num mastro de 75 metros, a bandeira-monumento no Museu de História Militar.

De seguida, depositou uma coroa de flores no sarcófago onde repousam os restos mortais do líder Fundador da Nação, no memorial erigido para perpetuar a sua memória.

Liberdades

Presente no acto, a Vice-presidente da República, Esperança Costa, considerou Neto um acérrimo defensor dos direitos materiais e espirituais, da dignidade e da liberdade do povo angolano, de África e do mundo.

Apontou Neto como “um grande estadista, nacionalista que se imortaliza” pelas suas obras literárias, como Sagrada Esperança, e como defensor das causas nacionais, da resolução dos problemas do povo e da solidariedade em África e no mundo.

Reconhecimento

A viúva do primeiro Presidente de Angola, Maria Eugénia Neto, acredita que este viverá eternamente, porque o seu pensamento continua a iluminar os povos que ainda lutam pela sua liberdade e por almejar a paz para todos os povos do mundo.

A neta Erica Neto, de 24 anos de idade, afirmou que apesar de nunca o ter conhecido pessoalmente, é feliz pela contribuição à pátria e revelou que o avô a inspira na escrita, como a poesia.

Já o general Salvador Sebastião, que foi secretário para os Assuntos Económicos e conselheiro particular de António Agostinho Neto, disse que o homenageado se doou por completo ao seu povo.

Por seu lado, a embaixadora de Cuba em Angola, Estér Cardenas, afirmou que Agostinho Neto “é um filho de Angola, de Cuba e dos povos progressistas”.

Para o embaixador russo, Vladimir Tararov, Neto era um símbolo da cooperação e da amizade entre os povos, e deixou um forte legado inspirador na luta contra o colonialismo e o neo-colonialismo e por uma ordem mundial mais justa.

Dados biográficos de Agostinho Neto

António Agostinho Neto, nascido em Ícolo e Bengo, Luanda, aos 17 de Setembro de 1922, morreu em Moscovo, Ex-URSS, a 10 de Setembro de 1979. Médico e escritor, proclamou a independência nacional a 11 de Novembro de 1975.

Fez parte da geração de estudantes africanos que viria a desempenhar um papel decisivo para a independência dos seus países naquela que ficou designada como a Guerra Colonial Portuguesa.

Foi preso pela Polícia Internacional e de Defesa do Estado (PIDE), de Portugal, e deportado para o Tarrafal, em Cabo Verde, sendo-lhe depois fixada residência em Portugal, de onde fugiu para o exílio. Assume a direcção do MPLA, do qual já era presidente honorário desde 1960.

No dia 17 de Setembro, Angola celebra o Dia do Herói Nacional e do Fundador da Nação, comemorando o dia em que Agostinho Neto nasceu e foram realizadas as suas cerimónias fúnebres. 





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